Assunção - Uma sindicalista e pelo menos três fotojornalistas foram feridos por balas de borracha e sofreram contusões em um confronto entre a polícia paraguaia e professores grevistas, que tentavam chegar ao palácio presidencial em Assunção nesta quinta-feira, informaram testemunhas à AFP.
Ao menos 10 mil educadores se reuniram na Praça Itália de Assunção e caminharam até a sede do governo. Na tentativa de ultrapassar um bloqueio imposto pelas forças de segurança, a manifestação foi reprimida com balas de borracha e golpes de cassetete, relataram grevistas.
[SAIBAMAIS]Um de seus principais líderes, Silvio Piris, ficou ferido e foi internado no Hospital de Emergências Médicas. Os educadores, insatisfeitos com a decisão do governo de aumentar os salários apenas dos profissionais que recebem o mínimo, promovem uma greve desde quarta-feira, reivindicando um aumento salarial de 10%. Além disso, os dirigentes sindicais, que realizaram paralisações nas principais cidades do país, exigem um aumento do orçamento de 45 milhões dólares.
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A ministra da Educação, Marta Lafuente, disse que "esses recursos não estão disponíveis", advertindo que a greve é ilegal e que os grevistas terão os dias de falta descontados. "Nossa intenção era conversar com o presidente (Horacio) Cartes", disse Piris, presidente da Federação dos Professores do Paraguai (FEP). A manifestação interrompeu a circulação normal de veículos no centro da capital do Paraguai por várias horas.