Paris - O grupo francês Vivendi anunciou nesta quinta-feira a abertura de negociações exclusivas com a Telefónica para a venda da filial brasileira GVT, por considerar que a oferta do grupo espanhol, de 7,45 bilhões de euros, é "particularmente atraente". Até esta quinta-feira, a Vivendi tem sobre a mesa duas ofertas pela operadora brasileira: a da Telefónica e a da Telecom Italia, de 7 bilhões de euros. Na reunião do conselho de vigilância, o grupo francês proprietário do Canal %2b e do Universal Music Group preferiu a oferta espanhola, que considera convergente com a sua estratégia centrada nos meios de comunicação.
"Levando em consideração a estratégia do grupo e os interesses de seus acionistas, o conselho decidiu abrir negociações exclusivas com a Telefónica", afirma o grupo francês em um comunicado. Caso as negociações tenham êxito, a Vivendi terá um lucro de três bilhões de euros, de acordo com o grupo dirigido pelo empresário francês Vincent Bolloré.
A Telefónica aumentou a oferta pela GVT, último ativo da Vivendi no setor de telecomunicações, e agora pretende pagar 7,45 bilhões euros (contra 6,7 bilhões da oferta inicial apresentada no início de agosto). Tanto a espanhola como a italiana desejam assumir 100% do capital da GVT, uma empresa jovem de rápido desenvolvimento, segundo a Vivendi. O mercado brasileiro é muito importante tanto para a Telefónica como para a Telecom Itália, que controlam as maiores operadoras de telefonia móvel brasileiras, Vivo e TIM Brasil respectivamente.
Após ter iniciado a venda de seus principais ativos na imprensa, a Vivendi manifestou sua intenção de manter a GVT. O grupo francês, que deixou a marroquina Maroc Telecom e está recebendo 13,5 bilhões de euros em dinheiro pela venda da operadora francesa de telefonia móvel SFR, não tem muita necessidade de dinheiro vivo. Entretanto, as coisas mudaram quando no fim de junho Bolloré assumiu as rédeas da Vivendi, para voltar a centrar a companhia no setor de comunicações. "A Vivendi inicia uma nova fase e quer se tornar um grupo industrial integrado, orientado para meios de comunicação e conteúdos", destaca o comunicado desta quinta-feira.
Duas ofertas muito diferentes
As propostas da Telefónica e da Telecom Itália foram estruturadas de modo bem diferente. A companhia italiana, muito endividada, propôs 1,7 bilhão de euros em dinheiro, e o restante em títulos da Telecom Itália (16% do capital e 21,7% em direitos de voto) e da sua filial brasileira TIM Brasil (15% do capital). Com as finanças mais sólidas, a Telefónica aumentou consideravelmente sua oferta, em particular a quantia em dinheiro, que subiu para 4,66 bilhões de euros (frente aos 3,9 apresentados na oferta inicial).
De acordo com a oferta da Telefónica, a Vivendi teria 12% do capital do grupo nascido da fusão da GVT com a filial brasileira da Telefónica. Se a Vivendi desejar, um terço da participação pode ser trocado por títulos da Telecom Itália, da qual a empresa espanhola é grande acionista. As duas ofertas propuseram também associações em conteúdo, na tentativa de seduzir a Vivendi, que busca mercados no exterior para seus programas.
"Levando em consideração a estratégia do grupo e os interesses de seus acionistas, o conselho decidiu abrir negociações exclusivas com a Telefónica", afirma o grupo francês em um comunicado. Caso as negociações tenham êxito, a Vivendi terá um lucro de três bilhões de euros, de acordo com o grupo dirigido pelo empresário francês Vincent Bolloré.
A Telefónica aumentou a oferta pela GVT, último ativo da Vivendi no setor de telecomunicações, e agora pretende pagar 7,45 bilhões euros (contra 6,7 bilhões da oferta inicial apresentada no início de agosto). Tanto a espanhola como a italiana desejam assumir 100% do capital da GVT, uma empresa jovem de rápido desenvolvimento, segundo a Vivendi. O mercado brasileiro é muito importante tanto para a Telefónica como para a Telecom Itália, que controlam as maiores operadoras de telefonia móvel brasileiras, Vivo e TIM Brasil respectivamente.
Após ter iniciado a venda de seus principais ativos na imprensa, a Vivendi manifestou sua intenção de manter a GVT. O grupo francês, que deixou a marroquina Maroc Telecom e está recebendo 13,5 bilhões de euros em dinheiro pela venda da operadora francesa de telefonia móvel SFR, não tem muita necessidade de dinheiro vivo. Entretanto, as coisas mudaram quando no fim de junho Bolloré assumiu as rédeas da Vivendi, para voltar a centrar a companhia no setor de comunicações. "A Vivendi inicia uma nova fase e quer se tornar um grupo industrial integrado, orientado para meios de comunicação e conteúdos", destaca o comunicado desta quinta-feira.
Duas ofertas muito diferentes
As propostas da Telefónica e da Telecom Itália foram estruturadas de modo bem diferente. A companhia italiana, muito endividada, propôs 1,7 bilhão de euros em dinheiro, e o restante em títulos da Telecom Itália (16% do capital e 21,7% em direitos de voto) e da sua filial brasileira TIM Brasil (15% do capital). Com as finanças mais sólidas, a Telefónica aumentou consideravelmente sua oferta, em particular a quantia em dinheiro, que subiu para 4,66 bilhões de euros (frente aos 3,9 apresentados na oferta inicial).
De acordo com a oferta da Telefónica, a Vivendi teria 12% do capital do grupo nascido da fusão da GVT com a filial brasileira da Telefónica. Se a Vivendi desejar, um terço da participação pode ser trocado por títulos da Telecom Itália, da qual a empresa espanhola é grande acionista. As duas ofertas propuseram também associações em conteúdo, na tentativa de seduzir a Vivendi, que busca mercados no exterior para seus programas.