Ancara - O ex-primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan prestou juramento nesta quinta-feira (28/8), dando início a seu primeiro mandato de cinco anos como presidente do país, uma nação sob seu comando desde 2003. Duas semanas depois de sua clara vitória no primeiro turno das eleições, Erdogan, de 60 anos, foi empossado pelo Parlamento para suceder a seu correligionário Abdullah Gul no cargo.
Para evitar qualquer obstáculo, o homem forte da Tuquia escolheu um de seus fiéis aliados para substituí-lo à frente da chefia do Governo, o chanceler Ahmet Davutoglu. A composição do novo gabinete islâmico conservador será anunciada na sexta-feira. Segundo rumores que circulam em Ancara, o Ministério turco das Relações Exteriores poderá passar para as mãos do atual chefe dos Serviços de Inteligência (MIT), Hakan Fidan, ou do ministro de Assuntos Europeus, Mevlüt Cavusoglu. Já os ministros da Economia e das Finanças devem permanecer no cargo, o que tranquiliza os mercados financeiros.
Hoje, Erdogan jurou solenemente respeitar "a Constituição, a supremacia do Direito, a democracia, os princípios e reformas de Ataturk e os princípios da República laica". Os defensores do regime laico criado por Mustafá Kemal Ataturk depois da queda do Império Otomano acusam-no de trair seu legado. Erdogan garante que a transformação de seu país em uma potência regional teria sido aprovada pelo pai da Turquia moderna.
"Sou o primeiro presidente eleito por sufrágio universal na História do nosso país", destacou Erdogan em seu discurso. Dez chefes de Estado e de Governo participarão da cerimônia de posse, segundo a agência de notícias estatal Anatolia. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, cancelou a viagem em consequência da "rápida deterioração da situação" no leste da Ucrânia, onde os separatistas pró-Rússia assumiram o controle de várias cidades.
Os dirigentes dos grandes países ocidentais, aliados da Turquia dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), serão apenas representados - sinal da crescente desconfiança que Erdogan e sua vocação islamita e autoritária provocam. Os representantes do opositor Partido Republicano do Povo (CHP) se negaram a ouvir Erdogan e abandonaram a Casa antes de seu discurso, por considerar "inconstitucional" que ele se negue a abandonar o cargo de primeiro-ministro imediatamente depois de vencer as eleições.
O líder do CHP, Kemal Kiliçdaroglu, já havia dito que não participaria da cerimônia. "Ele acha que está acima das leis e não respeita regra alguma", criticou. "O presidente eleito não tem de ter qualquer vínculo com os partidos (...) mas ele já deu a entender que não será neutro", acrescentou o líder opositor.
Erdogan, o político mais popular do país desde a época de Ataturk, não esconde sua intenção de continuar dirigindo a Turquia até 2023, data do centenário da instauração da República. Por isso, já anunciou sua intenção de reforçar as prerrogativas de presidente - até agora muito protocolares - com uma reforma da Constituição.
Considerado uma "marionete" de Erdogan pela oposição, Davutoglu prometeu ser leal ao novo presidente. "Não haverá qualquer conflito entre o presidente e seu primeiro-ministro", garantiu Davutoglu, que também classificou de "prioridade" a reforma da Constituição defendida por Erdogan. Para poder realizar esta reforma, o partido AKP precisa de ampla vitória nas eleições legislativas de junho de 2015, com maioria de dois terços (367 cadeiras de um total de 550). Atualmente, conta com 313 assentos na Casa.
Para evitar qualquer obstáculo, o homem forte da Tuquia escolheu um de seus fiéis aliados para substituí-lo à frente da chefia do Governo, o chanceler Ahmet Davutoglu. A composição do novo gabinete islâmico conservador será anunciada na sexta-feira. Segundo rumores que circulam em Ancara, o Ministério turco das Relações Exteriores poderá passar para as mãos do atual chefe dos Serviços de Inteligência (MIT), Hakan Fidan, ou do ministro de Assuntos Europeus, Mevlüt Cavusoglu. Já os ministros da Economia e das Finanças devem permanecer no cargo, o que tranquiliza os mercados financeiros.
Hoje, Erdogan jurou solenemente respeitar "a Constituição, a supremacia do Direito, a democracia, os princípios e reformas de Ataturk e os princípios da República laica". Os defensores do regime laico criado por Mustafá Kemal Ataturk depois da queda do Império Otomano acusam-no de trair seu legado. Erdogan garante que a transformação de seu país em uma potência regional teria sido aprovada pelo pai da Turquia moderna.
"Sou o primeiro presidente eleito por sufrágio universal na História do nosso país", destacou Erdogan em seu discurso. Dez chefes de Estado e de Governo participarão da cerimônia de posse, segundo a agência de notícias estatal Anatolia. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, cancelou a viagem em consequência da "rápida deterioração da situação" no leste da Ucrânia, onde os separatistas pró-Rússia assumiram o controle de várias cidades.
Os dirigentes dos grandes países ocidentais, aliados da Turquia dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), serão apenas representados - sinal da crescente desconfiança que Erdogan e sua vocação islamita e autoritária provocam. Os representantes do opositor Partido Republicano do Povo (CHP) se negaram a ouvir Erdogan e abandonaram a Casa antes de seu discurso, por considerar "inconstitucional" que ele se negue a abandonar o cargo de primeiro-ministro imediatamente depois de vencer as eleições.
O líder do CHP, Kemal Kiliçdaroglu, já havia dito que não participaria da cerimônia. "Ele acha que está acima das leis e não respeita regra alguma", criticou. "O presidente eleito não tem de ter qualquer vínculo com os partidos (...) mas ele já deu a entender que não será neutro", acrescentou o líder opositor.
Erdogan, o político mais popular do país desde a época de Ataturk, não esconde sua intenção de continuar dirigindo a Turquia até 2023, data do centenário da instauração da República. Por isso, já anunciou sua intenção de reforçar as prerrogativas de presidente - até agora muito protocolares - com uma reforma da Constituição.
Considerado uma "marionete" de Erdogan pela oposição, Davutoglu prometeu ser leal ao novo presidente. "Não haverá qualquer conflito entre o presidente e seu primeiro-ministro", garantiu Davutoglu, que também classificou de "prioridade" a reforma da Constituição defendida por Erdogan. Para poder realizar esta reforma, o partido AKP precisa de ampla vitória nas eleições legislativas de junho de 2015, com maioria de dois terços (367 cadeiras de um total de 550). Atualmente, conta com 313 assentos na Casa.