Nova York - O Conselho de Segurança informou nesta quarta-feira (27/8) que um helicóptero alugado pela ONU no Sudão do Sul foi derrubado e condenou o "ataque", que deixou três mortos na terça.
Em uma declaração unânime, os 15 países membros do corpo executivo das Nações Unidas exigem do governo do Sudão do Sul uma "investigação completa, transparente e rápida sobre esse ataque".
[SAIBAMAIS]O Exército e as forças rebeldes que se enfrentam desde meados de dezembro nesse país africano se acusaram mutuamente nesta quarta pela queda da aeronave da ONU.
O Conselho de Segurança ressalta que "os responsáveis pelo ataque devem prestar contas, e todas as medidas necessárias devem ser adotadas para evitar tais ataques no futuro".
A tripulação do helicóptero era russa, segundo a Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) que fretou o aparelho. Três dos quatro tripulantes do helicóptero morreram, e um ficou ferido, quando o Mi-8 caiu na terça à tarde, 10 km ao sul de Bentiu, capital do estado de Unidade (Al-Wahda), devastado pelos combates.
Hoje, uma equipe da ONU inspecionava os destroços do Mi-8, mas nenhum comentário foi feito sobre o que teria provocado a queda da aeronave.
Sem divulgar provas, o porta-voz do Exército sul-sudanês, coronel Philip Aguer, acusou as forças rebeldes do ex-presidente do país Riek Machar de terem-no "derrubado".
"O aparelho foi derrubado pelas forças de Riek Mashar, sob o comando de Peter Gadet", afirmou Aguer, acrescentando que o Exército enviou seus próprios investigadores para o local.
A milícia de Peter combate ao lado das forças pró-Mashar e controla parte do estado de Unidade. Foi incluído na lista negra da União Europeia e dos Estados Unidos pelas atrocidades étnicas cometidas contra seus homens.
O porta-voz dos insurgentes Mabior Garang denunciou em um comunicado as "acusações falaciosas". Segundo ele, as forças rebeldes na zona "ouviram uma forte explosão e, após investigações, descobriram que um helicóptero havia caído".