[SAIBAMAIS]Ban Ki-moon advertiu, ainda, que ambos os lados devem "assumir suas responsabilidades" e sugeriu a análise das principais causas da crise que conduziu a região a três guerras em seis anos.
De acordo com Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, a organização está disposta a apoiar os esforços de enfrentamento dos "fatores estruturais do conflito".
Ban citou o retorno da Autoridade Palestina a Gaza, o fim do bloqueio e as preocupações com a segurança de Israel como questões centrais para evitar um retorno à guerra. Além disso, reiterou que a coexistência de dois Estados é a única opção viável para o alcance da paz, pedindo um retorno às negociações que encerrariam a ocupação israelense nos territórios palestinos.
O acordo para o cessar-fogo, mediado pelo Egito, pede a abertura das fronteiras, o fim das restrições para a pesca, uma futura troca de prisioneiros, a reabertura do aeroporto de Gaza e o fim do bloqueio, assim como o desarmamento dos militantes do Hamas.
O acordo, porém, não detalha essas questões centrais e uma nova rodada de negociações deverá ocorrer no Cairo, capital do Egito, para promover uma discussão mais profunda e significativa.
Diplomatas do Conselho de Segurança da ONU propuseram a criação de um mecanismo de monitoramento que informe, de maneira imparcial, as eventuais violações do cessar-fogo e verifique o fluxo de mercadorias para a Faixa de Gaza.
A preocupação do Conselho é que, sem a verificação adequada dos termos do cessar-fogo, a guerra possa facilmente ser retomada na região.
Um documento apresentado por representantes do Reino Unido, França e Alemanha na semana passada pedia que Ban Ki-moon analise propostas para a elaboração deste mecanismo, assim como para os esforços de reconstrução de Gaza.