"Estou muito preocupada por esta pausa (...), já que não se trata apenas do número de disparos; mas também de como ocorreram", declarou à rede de televisão. "E isso tem um grande interesse para o modo como esse caso finalmente será concluído", acrescentou.
As versões sobre a morte de Michael Brown divergem. Segundo alguns, o jovem de 18 anos tentou tomar a arma do policial que o matou. De acordo com outras testemunhas, entre elas o amigo que o acompanhava, Brown estava com as mãos para o alto.
Segundo as necropsias, solicitadas pela família e pelo departamento de Justiça americano, o jovem foi baleado ao menos seis vezes.
De acordo com Natalye Jackson, uma advogada de direitos civis alheia ao caso e interrogada pela AFP, "o número de tiros não tem tanta importância quanto a pausa" entre uns e outros, já que ela poderia sugerir, como apontam algumas testemunhas, que o jovem negro se virou neste momento em direção à polícia com as mãos para o alto. A pausa também poderia corresponder ao momento em que a polícia teria ordenado que se rendesse.
Um grande júri do condado de Saint Louis deve decidir se processará o policial de 28 anos, Darren Wilson, até o momento afastado de suas funções.