Washington - O governo dos Estados Unidos condenou nesta segunda-feira a última onda de atentados no Iraque cometida por "terroristas desalmados", pedindo ao país que se una contra os jihadistas ultrarradicais, além de criticar os atos de violência na Líbia.
A porta-voz do Departamento de Estado americano Jennifer Psaki disse que esses ataques no Iraque "buscam semear o terror e a discórdia" entre sunitas e xiitas e revelam "a depravação total que esses terroristas representam". Depois de denunciar na sexta-feira, 22 de agosto, um ataque "atroz" contra uma mesquita sunita (com 70 mortos), o Departamento de Estado agora protesta contra "um ataque criminoso contra os seguidores de uma mesquita xiita".
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[SAIBAMAIS]A diplomacia americana mencionou ainda o ataque suicida desta segunda contra uma mesquita xiita no leste de Bagdá, que deixou 11 mortos. Além disso, outras oito pessoas morreram em mais dois atentados com carro-bomba no norte da capital iraquiana. Psaki repetiu o pedido feito há duas semanas aos líderes iraquianos de todas as religiões que "cerrem fileiras contra o Estado Islâmico" (EI), o grupo de jihadistas ultrarradicais que já controla parte do país. "Continuaremos apoiando os esforços do Iraque para isolar e vencer o EI", prometeu Psaki.
Além dessa ameaça jihadista, Bagdá também precisa apaziguar as tensões sectárias alimentadas pelo ataque da última sexta contra a mesquita sunita, o que levou a confrontos entre sunitas e xiitas. Estados Unidos e seus aliados europeus "condenaram energicamente" a "escalada de combates e de violência" registrada segunda-feira na Líbia e pediram a continuação de uma "transição democrática" no país.
Em um comunicado firmado pelos governos de Washington, Paris, Londres, Berlim e Roma, denunciam-se também "as interferências externas na Líbia que exacerbam as divisões" do país, enquanto Egito e Emirados Árabes Unidos foram acusados de lançar ataques aéreos contra islamitas em batalhas pelo controle do aeroporto de Trípoli, fechado desde 13 de julho.
A situação no país, mergulhado na violência e no caos desde a queda do ditador Muammar Khadafi em 2011, pode se complicar ainda mais, já que a Líbia pode contar com dois governos e dois Parlamentos paralelos.