Além disso, segundo a OMS, "grande parte das recentes epidemias de Ebola foram localizadas em regiões atrasadas, em uma parte da África que é mais familiarizada com esta doença e com redes de transmissão que eram mais fáceis de acompanhar".
"A epidemia atual é diferente", continuou a OMS, que explica que os médicos e os moradores dos países afetados não são "familiarizados com a doença", fazendo reinar "o medo em cidades e lugarejos inteiros".
"Os primeiros sintomas de muitas doenças infecciosas endêmicas na região, como a malária, a febre tifoide e a febre de Lassa, são similares aos do vírus Ebola. Os pacientes infectados frequentemente precisam de cuidados de urgência. Seus médicos e enfermeiras podem não ter qualquer razão para suspeitar que se trata de Ebola e não veem a necessidade de adotar as medidas de proteção", prosseguiu a OMS.
Segundo o último balanço da OMS, divulgado em 20 de agosto, a febre hemorrágica matou no total 1.427 pessoas (entre casos confirmados, prováveis e suspeitos), sendo 624 na Libéria, 406 na Guiné, 392 em Serra Leoa e 5 na Nigéria.
Nos três países mais afetados, a OMS estima que um a dois médicos atendam 100.000 habitantes, sobretudo nas cidades, mas a epidemia afeta igualmente as áreas rurais.