O presidente acusou nesta segunda-feira alguns parlamentares de apoiarem os separatistas pró-russos do leste do país, onde pelo menos 2.200 pessoas morreram nos últimos quatro meses.
[SAIBAMAIS]O anúncio foi feito horas antes de uma reunião na terça-feira em Minsk, capital de Belarus, com o presidente russo, Vladimir Putin, para tentar chegar a uma solução para a crise na Ucrânia.
"A Verkhovna Rada, em sua composição atual, apoiou (o ex-presidente Viktor) Yanoukovytch", ressaltou Poroshenko em seu site oficial. Ele acusou os deputados favoráveis ao ex-chefe de Estado de terem votado leis "ditatoriais" durante a presidência de Yanukovytch, derrubado em fevereiro por violentas manifestações da oposição em Kiev.
Além disso, vários deputados são, "se não cúmplices e aliados diretos, pelo menos partidários de militantes separatistas", acrescentou Poroshenko. "Podemos tolerar isto? Podemos ganhar a guerra desta maneira?", afirmou.
Poroshenko fez uma ligação entre a sua vontade de ver um novo Parlamento eleito e o desafio dos combates travados nas regiões de Donetsk e de Lugansk, chamadas de Donbass no leste.
"Considero uma vitória no Donbass e uma vitória das forças reformistas democráticas na Verkhovna Rada um processo integrado", declarou o presidente.
"Eleições legislativas antecipadas fazem parte do meu plano de paz", acrescentou Poroshenko, que mencionou a abertura de um "diálogo político com o Donbass" no futuro.
"Aqueles que forem eleitos deputados no Donbass em dois meses receberão um mandato e o direito de representar a região nos contatos com o governo central", disse.