<div style="text-align: justify"><span style="font-weight: bold">Jerusalém -</span> Empresários de Israel lançaram uma campanha contra o boicote por parte da União Europeia de alguns produtos israelenses fabricados nas colônias da Cisjordânia, ao explicar que os palestinos serão os primeiros afetados pela iniciativa. O presidente da Associação de Industriais, principal organização patronal, considerado "patrão dos patrões" israelenses, Zvi Oren, escreveu a cerca de trinta homólogos europeus e palestinos para adverti-los para o impacto de um boicote no mercado de trabalho dos palestinos.<br /><br />Segundo estatísticas da associação, 22.500 palestinos estão empregados nas colônias da Cisjordânia. Desses, 6.000 trabalham em 600 indústrias que pertencem a israelenses. O restante trabalha na construção e na agricultura. De acordo com a mesma fonte, 28.250 palestinos trabalham legalmente em Israel e cerca de 20.000, no mercado negro.<br /><br />"É evidente que, se as empresas situadas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental forem afetadas por um boicote, seus funcionários palestinos serão prejudicados", afirma à AFP Dany Catarivas, responsável pela sessão internacional da Associação. Em sua carta, Zvi Oren pede aos colegas europeus "assistência e apoio para convencer as comunidades empresariais de seus países a não recorrerem a meios econômicos para punir os industriais e exportadores israelenses".<br /><br />"Tais ações afetarão nossa região em termos de empregos e crescimento, tanto do lado israelense como do palestino", afirma Zvi Oren, que destina seu apelo a associações patronais francesas, britânicas, alemãs, espanholas, portuguesas e holandesas. A iniciativa acontece depois de a União Europeia ter proibido a exportação de carne de frango e de produtos lácteos das colônias israelenses. A medida está prevista para entrar em vigor no dia 1; de setembro.<br /><br />As orientações da Comissão Europeia neste sentido, que datam de fevereiro, aplicam-se às colônias e às zonas industriais que produzem carne de frango e lacticínios em Jerusalém Oriental, em Golã e na Cisjordânia. A comunidade internacional considera ilegais as colônias judaicas estabelecidas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.<br /><br /><a href="#h2href:%7B%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20mundo%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22134%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22%7D,%22rss%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22%7D,%22opcoes%22:%7B%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22%7D%7D"><span style="color: #ff0000">Leia mais notícias em Mundo</span></a><br /><br />A campanha "BDS" - "Boicote, Desinvestimento, Sanções" - foi intensificada no exterior com a guerra na Faixa de Gaza, iniciada em 8 de julho e que causou a morte de mais de 2.100 palestinos, na maioria civis. Entretanto, dos 45 bilhões de dólares de exportações anuais israelenses, apenas o equivalente a 200 a 300 milhões são provenientes das colônias -menos de 0,5%. Por isso, o boicote teria um impacto "insignificante", segundo Dany Catarivas.<br /><br />"Mas não se pode desprezar as convocações ao boicote, que agora afetam os produtos das colônias, mas que podem se estender algum dia a uma campanha que atinja todos os produtos israelenses". O acordo de livre comércio entre Israel e UE exclui os produtos procedentes das colônias, que devem pagar impostos, o que não ocorre com os produtos fabricados em território israelense. A colonização israelense nos territórios palestinos é um dos maiores obstáculos nas negociações de paz entre Israel e Palestina.</div>