Kinshasa - Treze pessoas morreram vítimas de uma febre hemorrágica "de origem indeterminada" desde o dia 11 de agosto no noroeste da República Democrática do Congo, país onde foi descoberto o vírus Ebola, cuja atual epidemia já matou 1.350 no oeste da África, informou o ministério da Saúde. "Treze pessoas faleceram desde 11 de agosto por uma febre hemorrágica que origem indeterminada. As treze pessoas mortas tiveram febre, diarreia, vômitos e, na fase terminal, vômitos de material escuro", revelou o doutor Félix Kabange Numbi.
No momento, "cerca de 80 pessoas que mantiveram contato" com as vítimas estão sendo atendidas em casa em quatro áreas sanitárias delimitadas, em Boende Moke, Lokolia, Watsikengo e Lokula", situadas no território de Boende, província do Equador, disse o doutor Numbi. "Trinta agentes comunitários foram recrutados em cada área sanitária para acompanhar diariamente as pessoas sob observação, durante 21 dias. Quem apresentar sintomas como febre, diarreia, vômitos ou qualquer forma de hemorragia, será levado ao centro de saúde de Lokolia ou a Watsikengo".
Separados por cerca de 30 km, Lokolia e Watsikengo são epicentros da febre hemorrágica na RDC. As autoridades criaram comissões encarregadas de acompanhar os pacientes, incluindo higiene, saneamento e sepultamento com segurança. Também extraíram amostras que serão analisadas no Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica (INRB) e no laboratório gabonês de Franceville para determinar a origem exata da enfermidade, e os "resultados devem sair em sete dias", revelou Numbi.
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A primeira vítima fatal recente por febre hemorrágica na RDC foi uma mulher grávida, e as outras 12 pessoas mortas estiveram em contato com ela durante a doença ou após seu falecimento. "Cinco membros do pessoal de saúde faleceram - um médico, dois enfermeiros e dois sanitaristas - e as demais vítimas eram parentes ou vizinhos que participaram do enterro", detalhou o ministro, acrescentando que o governo enviou material de proteção para as equipes médicas.
A epidemia de Ebola já matou 1.350 pessoas na África, sendo 576 na Libéria, 396 na Guiné e 374 em Serra Leoa, segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 18 de agosto.