<div style="text-align: justify"><span style="font-weight: bold">Rafah - </span>Israel infligiu um duro golpe no movimento islamita palestino Hamas nesta quinta-feira (21/8) na Faixa de Gaza, ao matar três comandantes do grupo armado. No total, pelo menos 27 palestinos, incluindo várias crianças, foram mortos e dezenas ficaram feridos nesta quinta-feira em ataques israelenses no território palestino, onde as hostilidades foram retomadas na terça, após um cessar-fogo de nove dias, segundo os serviços de emergência.<br /><br />Mohammed Abu Chamala e Raed al-Atar "estavam na lista de cinco terroristas do Hamas mais procurados em Gaza", declarou à AFP um porta-voz do Shin Bet, o serviço de inteligência interna de Israel. Os dois chefes das Brigadas Ezzedin al-Qassam, assim como Mohammed Barhum, também apresentado como um líder do braço armado do Hamas, foram mortos em Rafah, em um ataque da aviação coordenado com a inteligência israelense.<br /><br />O ataque deixou pelo menos quatro mortos em Rafah, cidade do sul do território, perto da fronteira com o Egito, uma das áreas mais devastadas pela guerra. O bombardeio reduziu a ruínas o prédio em que as vítimas estavam. De acordo com testemunhas no local, os israelenses dispararam pelo menos nove mísseis na operação.<br /><br /><span style="font-weight: bold">Funeral tenso</span><br /><br />Mohammed Abu Chamala, comandante para o sul de Gaza, e Raed al-Atar eram caçados por seu envolvimento no sequestro do soldado Gilad Shalit em 2006 -libertado em 2011- e pela morte de três soldados em Rafah no dia 1; agosto. O Exército atacou Rafah e seus arredores com dezenas de mísseis após a morte desses três soldados durante uma operação para destruir túneis.<br /><br />Raed al-Atar era considerado o principal engenheiro do sofisticado sistema de túneis subterrâneos utilizados pelo Hamas para ataques. Milhares de simpatizantes do Hamas acompanharam o funeral dos três homens. Eles foram mortos depois da operação lançada na terça-feira para matar o líder das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Deif. Sua esposa e seu filho de sete meses foram sepultados nesta quarta. Outro filho de Deif, a menina Sara, de 3 anos, foi retirada dos escombros sem vida nesta quinta-feira, de acordo com os serviços de emergência.<br /><br />O paradeiro do líder militar é incerto. Seu grupo garante que ele está vivo. Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, evitou confirmar ou negar se Mohammed Deif havia sido alvo de um ataque e muito menos se havia escapado pela sexta vez de uma tentativa de eliminação. Mas ele afirmou que "os líderes das organizações terroristas são alvos legítimos".<br /><br /><span style="font-weight: bold">;Israel deve pagar o preço;</span><br /><br />Ele também insistiu no fato de que Israel vai manter suas operações pelo tempo necessário. Dez mil reservistas foram convocados nesta quinta-feira, segundo a imprensa. "O assassinato dos líderes das Brigadas Ezzedine al-Qassam é um crime que não vai abalar a nossa determinação, nem enfraquecer nossa resistência, mas Israel vai pagar o preço", advertiu um porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri.<br /><br />Pelo menos 2.078 pessoas foram mortas em Gaza desde que Israel lançou sua operação. Destas, 61 morreram depois do fim do cessar-fogo e do fracasso nas negociações indiretas entre israelenses e palestinos no Cairo, na terça-feira.<br /><br />Na Cidade de Gaza, quatro homens foram mortos durante um funeral. Mas o Exército israelense afirmou que seu alvo eram combatentes palestinos que tentavam disparar foguetes a partir de um cemitério. Israel registrou 283 foguetes disparados a partir de Gaza desde terça-feira, sem relatos de vítimas. No total, 64 soldados e três civis morreram do lado israelense desde o início do conflito.<br /><br /><a href="#h2href:%7B%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20mundo%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22134%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22%7D,%22rss%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22%7D,%22opcoes%22:%7B%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22%7D%7D"><span style="color: #ff0000">Leia mais notícias em Mundo </span></a><br /><br />O braço armado do Hamas palestino fez na noite de quarta-feira uma advertência às companhias aéreas estrangeiras com voos no aeroporto Ben-Gurion de Tel Aviv. Nenhum foguete foi disparado em direção à região do aeroporto na manhã desta quinta-feira, indicou uma porta-voz do Exército à AFP. Ainda assim, a companhia egípcia Air Sina; decidiu cancelar seus voos programados para hoje.<br /><br />Entre a sede de vingança do Hamas e a recusa israelense em negociar "debaixo de bombas", as negociações abortadas no Cairo não resultaram em nenhum avanço para a paz. O emir do Qatar, xeque Tamim Bin Hamad al-Thani, que apoia o Hamas, reuniu em Doha Khaled Meshaal, o líder exilado do Hamas, e o presidente palestino, Mahmud Abbas, para consultas após o fim da trégua.</div>