Desde o início da guerra, mais de 2.030 palestinos morreram, em grande parte civis, e ao menos 10.300 ficaram feridos. Além disso, 64 soldados israelenses perderam a vida e os foguetes lançados de Gaza mataram três civis em território israelense.
O exército israelense registrou suas perdas mais importantes desde o conflito de 2006 contra o Hezbollah libanês.
Negociações paralisadas
A ruptura da trégua, que expirava na terça-feira às 21h00 GMT (18h00 de Brasília), levou à paralisação das negociações no Cairo entre israelenses e palestinos para tentar alcançar um cessar-fogo duradouro.
A delegação israelense saiu após uma convocação do governo de Israel e os palestinos farão o mesmo nesta quarta-feira. "O cessar-fogo está morto, e Israel é o responsável", declarou Azam al-Ahmed, chefe da delegação palestina, que participava no Cairo das negociações indiretas com Israel.
"Sairemos amanhã, mas não nos retiramos das negociações", disse à AFP Ahmed, que confirmou que não voltarão ao Cairo até que Israel responda a sua proposta de trégua.
O Egito convocou israelenses e palestinos a retomar as negociações no Cairo e disse que lamentava profundamente a ruptura da trégua.
Os palestinos afirmaram diversas vezes que não assinarão nenhum acordo enquanto o bloqueio econômico de Gaza imposto há oito anos não for levantado.
Os israelenses, por sua vez, exigem como condição sine qua non a desmilitarização do reduto. Os Estados Unidos disseram estar muito preocupados pela ruptura do cessar-fogo, ao mesmo tempo em que consideraram que Israel tinha o direito de se defender do lançamento de foguetes de Gaza.
Uma proposta egípcia preconizava um acordo em pontos menos sensíveis, como a ampliação da zona de pesca dos moradores de Gaza, uma maior abertura das fronteiras entre Israel e Gaza ou o envolvimento de Israel na ajuda humanitária aos palestinos. Os temas espinhosos, como a construção de um porto e um aeroporto em Gaza, seriam abordados mais tarde.