<div style="text-align: justify"><span style="font-weight: bold">Washington -</span> A caça ilegal de elefantes na África pode ser pior do que se estimava nos últimos anos, o que estaria colocando em sério risco o futuro desse animal no Continente Negro - alertou um novo informe, publicado nesta segunda-feira (18/8).<br /><br />Pesquisadores da Reserva Natural Samburu do Quênia elaboraram um novo modelo de todo o continente, que permitiu detectar um aumento no número de elefantes mortos.<br /><br />O trabalho, publicado pela Academia Americana de Ciência (PNAS, na sigla em inglês), destaca que as populações desse mamífero estão caindo a um ritmo de 2% ao ano, um declínio que supera sua capacidade de reprodução.<br /><br />"Basicamente, isso significa que estamos começando a perder a espécie", alertou o autor encarregado do estudo, George Wittemyer, professor assistente no Departamento de Pesca, Vida Selvagem e Biologia da Conservação da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos.<br /><br />Embora a quantidade de elefantes vivendo na natureza seja difícil de estimar, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), avalia que existam entre 470 mil e 690 mil destes animais no continente africano.<br /><br />O estudo aponta que, com relação à população existente destes animais na África, a taxa anual de elefantes caçados ilegalmente entre 2010 e 2012 foi de 6,8%, o que representa um total de 33.630 animais mortos pelas mãos de caçadores ilegais nestes três anos.<br /><br />Embora a caça tenha diminuído sutilmente em 2012, as cifras ainda são muito altas, o que dá lugar a um declínio nas populações de 2% a 3% ao ano, após se levar em conta as taxas de reprodução.<br /><br />África Central, Tanzânia e Moçambique são as regiões mais afetadas pela caça ilegal, afirmaram os autores do estudo. Apenas na África Central, as populações de elefantes diminuíram 63,7% entre 2002 e 2012.<br /><br />De acordo com o informe, a caça ilegal aumenta, sobretudo, quando o preço do marfim alcança US$ 30 o quilo. "Atualmente, é de US$ 150, e a caça ilegal se torna um grande problema", destacou Wittemyer.<br /><br />"Nossas análises mostram um elevado preço no comércio ilegal de marfim pago pelos elefantes da África e sugerem que a taxa de caça atual é superior à capacidade estimada de reprodução da espécie", alertaram os autores do trabalho.<br /><br /><a href="#h2href:%7B%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20mundo%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22134%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22%7D,%22rss%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22%7D,%22opcoes%22:%7B%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22%7D%7D"><span style="color: #ff0000">Leia mais noticias em Mundo </span></a><br /><br />Um dos fatores que explica, em parte, o aumento da caça é seu elevado preço em países como a China, onde triplicou entre 2010 e 2014, passando de US$ 750 para US$ 2.100 o quilo, segundo dados da organização Save the Elephants (Salvem os Elefantes).<br /><br />No começo do século XX, 20 milhões de elefantes foram contabilizados na África, mas seu número caiu para apenas 1,2 milhão em 1980. Apesar de a caça da espécie ter sido proibida em 1989, atualmente, restam apenas 500.000 desses animais, apontam números da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies em Risco de Extinção (CITES).</div>