<div style="text-align: justify"><span style="font-weight: bold">Erbil -</span> Forças curdas apoiadas por aviões militares americanos mantinham nesta segunda-feira (18/8) sua ofensiva contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) depois de terem tomado o controle da represa mais importante do Iraque, em um contexto de crescente envolvimento militar de Washington e Londres.<br /><br />Diante das ameaças sofridas pelos cristãos e por outras minorias, o papa Francisco pediu uma ação coletiva da ONU para "impedir a agressão injusta", e se disse "disposto" a ir ao Iraque, se necessário, para levar alívio a dezenas de milhares de deslocados.<br /><br />A retomada da represa de Mossul, no norte do Iraque, foi o maior revés infligido aos combatentes do EI desde que lançaram sua grande ofensiva no norte do Iraque em junho, levando as forças de segurança iraquianas a fugir.<br /><br />Um porta-voz da Segurança iraquiana, o tenente-general Qasem Atta, confirmou nesta segunda-feira que a represa de Mossul havia sido completamente liberada graças a uma operação conjunta de "forças antiterroristas (iraquianas) e forças peshmergas (curdas) com apoio aéreo".<br /><br />Depois de terem retomado no domingo a represa de Mossul, as forças curdas lutavam contra os jihadistas na cidade de Tal Kayf, a sudeste desse local, onde um "pequeno número" de combatentes ultra-radicais ainda resiste, indicou um oficial curdo.<br /><br />"Os aviões bombardeiam e os peshmergas avançam", declarou um combatente curdo. Jornalistas da AFP viram colunas de fumaça em uma área atacada após um sobrevoo de aviões de combate perto da represa situada a 50 km de Mossul, bastião do EI conquistado no segundo dia de sua ofensiva.<br /><br />De acordo com o Exército americano, 15 ataques atingiram posições do EI mas imediações da represa. No domingo, 14 ataques foram efetuados na mesma região, um dos bombardeios mais fortes contra o EI desde o início dos ataques americanos, em 8 de agosto.<br /><br /><span style="font-weight: bold">A ameaça dos jihadistas</span><br /><br />O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, havia informado no domingo por meio de uma carta ao Congresso americano a respeito dos ataques, lançados para apoiar as forças iraquianas com o objetivo de recuperar a represa de Mossul.<br /><br />Segundo Obama, a queda da represa em poder dos jihadistas poderia "ameaçar a vida de muitos civis, colocar em risco funcionários e instalações americanas, incluindo a embaixada em Bagdá, além de impedir o governo iraquiano de fornecer serviços básicos à população do país".<br /><br />Já o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que os combatentes do EI são uma ameaça direta para o Reino Unido, e se declarou disposto a usar todos os meios para frear seu avanço.<br /><br />Cameron, em um texto publicado no domingo no Sunday Telegraph, afirmou que algum grau de envolvimento militar no Iraque se justifica devido à ameaça que a instauração de um estado terrorista representaria para a Europa e seus aliados.<br /><br />Seu ministro da Defesa, Michael Fallon, afirmou que o compromisso de Londres com o Iraque não é apenas humanitário e pode durar vários meses. O Iraque está mergulhado no caos desde que os jihadistas sunitas iniciaram uma ofensiva no dia 9 de junho ao norte de Bagdá, que se estendeu no início de agosto às localidades próximas à região autônoma do Curdistão.<br /><br />Após o lançamento desta ofensiva, as forças curdas tomaram o controle de várias zonas do norte do país abandonadas pelas forças iraquianas e lançaram um projeto de referendo de independência do Curdistão no início de julho.<br /><br /><a href="#h2href:%7B%22titulo%22:%22Pagina:%20capa%20-%20mundo%22,%22link%22:%22%22,%22pagina%22:%22134%22,%22id_site%22:%2233%22,%22modulo%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_pk%22:%22%22,%22icon%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22,%22id_treeapp%22:%22%22,%22titulo%22:%22%22,%22id_site_origem%22:%22%22,%22id_tree_origem%22:%22%22%7D,%22rss%22:%7B%22schema%22:%22%22,%22id_site%22:%22%22%7D,%22opcoes%22:%7B%22abrir%22:%22_self%22,%22largura%22:%22%22,%22altura%22:%22%22,%22center%22:%22%22,%22scroll%22:%22%22,%22origem%22:%22%22%7D%7D"><span style="color: #ff0000">Leia mais notícias em Mundo </span></a><br /><br />Em dois meses de violência, as potências ocidentais, aliviadas com a saída do polêmico primeiro-ministro Nuri al-Maliki - acusado de semear o caos no país com sua política de exclusão dos sunitas -, enviaram ajuda humanitária às centenas de milhares de refugiados que fugiam dos jihadistas, assim como armas às forças curdas.<br /><br />Os Estados Unidos incluíram em sua lista negra de "terroristas internacionais" o porta-voz do EI, Abu Mohamed al-Adnani, que havia anunciado em nome de seu grupo a criação do califado e pedido a tomada de Bagdá.</div>