Sydney - Os curdos iraquianos recebem armas de várias origens para conter o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico (EI), afirmou uma fonte do Departamento de Estado americano. "Estão recebendo algo rapidamente ante os avanços dos insurgentes do EI nas regiões curdas do norte do Iraque", afirmou a mesma fonte, que não revelou os países envolvidos.
Ao ser questionado se o governo dos Estados Unidos fornece armas, respondeu: "Não posso comentar isto. Estão acontecendo muitas negociações entre muitos países". As forças curdas, que nos últimos dias sofreram várias derrotas para os insurgentes sunitas liderados pelo EI, recuperaram terreno no domingo (10/8), terceiro dia dos ataques aéreos dos Estados Unidos. Mas autoridades iraquianas anunciaram nesta segunda-feira (11/8) que os jihadistas retomaram a cidade de Jalawla.
[SAIBAMAIS]No domingo, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, afirmou que, nas consultas com os sócios da União Europeia, Paris cogitava a entrega de armas aos curdos. França e Reino Unido solicitaram apoio à missão liderada pelos Estados Unidos de ajuda aos civis iraquianos - muitos deles da minoria yazidi -, que estão fugindo ante o avanço do EI. Além da ajuda de emergência que os três países ocidentais entregam aos civis cercados, as forças americanas executam ataques aéreos contra as posições do EI.
O secretário de Estado americano, John Kerry, expressou apoio ao novo presidente iraquiano, o curdo Fuad Masum, em sua luta contra os insurgentes e advertiu ao primeiro-ministro Nuri al-Maliki que não provoque problemas. Muitos iraquianos consideram Maliki, ao menos parcialmente, responsável pelo recente conflito no norte do Iraque. O primeiro-ministro é acusado de ter institucionalizado o sectarismo no país.