O advogado chinês Gao Zhisheng, eminente defensor dos direitos humanos, cuja detenção provocou indignação no exterior, foi libertado nesta quinta-feira (7/8), depois de cumprir pena de três anos de prisão, informou a família à AFP.
Gao, defensor da causa dos chineses desfavorecidos - cristãos, menores de idade ou ciberdissidentes -, foi detido em fevereiro de 2009 e mantido em isolamento total.
Depois de ser libertado em março de 2010, o dissidente voltou a ser detido. "Saiu (da prisão), mas ainda não retornou para casa (na província de Shaanxi). Está na casa do genro em Urumqi", afirmou à AFP um parente de Gao que pediu anonimato.
Gao Zhisheng estava preso em Urumqi, a capital da região muçulmana de Xinjiang. As autoridades não informaram se Gao Zhisheng, de 50 anos, será mantido em residência vigiada.
Sua esposa Geng He, refugiada nos Estados Unidos, expressou à AFP o temor de que a liberdade de movimentos do marido seja prejudicada por novas restrições.
"Como já foi submetido a prolongados períodos de ;desaparecimento; forçado, estamos preocupados com o que poderia acontecer quando retornar para casa", disse Maya Wang, pesquisadora da ONG Human Rights Watch.
Gao, julgado em 2006 por "subversão do poder estatal", foi condenado a três anos de prisão com suspensão condicional da pena e colocado em residência vigiada, mas depois foi detido em várias oportunidades.
O anúncio em 2011 de sua condenação a três anos de prisão foi muti criticado por Estados Unidos, União Europeia e ONU, que pediram sua libertação.