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Chile condenado a pagar US$ 321 mil à família de vítima da ditadura

Anselmo Radrigán foi um dirigente do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR) que lutou contra a ditadura de Pinochet

Santiago - O Estado chileno foi condenado pela justiça a pagar uma indenização de 185 milhões de pesos (321 mil dólares) à família de Anselmo Radrigán, preso desaparecido durante a ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990).

A Corte de Apelações de Santiago ordenou ao Chile "indenizar com 125 milhões de pesos (217 mil dólares) Amelia Caballero, mulher de Radrigán, e com 60 milhões (104 mil dólares) Cecilia Radrigán (irmã)", informou nesta segunda-feira o Poder Judiciário.


Anselmo Radrigán foi um dirigente do Movimento da Esquerda Revolucionária (MIR) que lutou contra a ditadura de Pinochet.

Em 12 de setembro de 1974, Radrigán foi sequestrado por agentes da DINA, a temida polícia política de Pinochet, antes de desaparecer, segundo a investigação sobre o caso.

A Corte não aceitou o argumento de prescrição do caso por considerar que trata-se de um crime contra a humanidade, "imprescritível do ponto de vista penal e civil".

Na ação penal, outro tribunal condenou, em agosto de 2010, o ex-chefe da DINA Manuel Contreras a cinco anos de prisão pelo sequestro de Radrigán, assim como outros quatro agentes.

A ditadura de Pinochet deixou 3.200 mortos e mais de 38 mil detidos e torturados, segundo números oficiais.