"Consideramos indefensável na atual situação autorizar a entrega deste centro", afirmou, por sua vez, o porta-voz do ministério, acrescentando que as partes do projeto já aprovadas "não estão operacionais".
Em março, devido à crise na Ucrânia, Gabriel suspendeu até nova ordem a execução deste contrato avaliado em 100 milhões de euros e que incluía o centro para a formação de 30.000 soldados por ano em Mulino, região do Volga.
A Rheinmetall não comentou o assunto. O governo está em contato com a empresa, que terá a possibilidade de reivindicar na justiça uma compensação financeira, segundo o porta-voz do ministério.
Do lado russo, uma autoridade do Ministério da Defesa declarou à agência de notícias Itar-Tass que, "se os alemães quebrarem o contrato, processos judiciais virão a seguir".
Ao desistir deste projeto, Berlim vai, com isso, além das sanções impostas na semana passada contra Moscou, que proíbem as exportações europeias de armamentos para a Rússia, apesar de não com caráter retroativo, o que deve permitir à França entregar dois navios de guerra Mistral a Moscou.
Berlim, no entanto, assegura que a última palavra sobre o assunto ainda não foi dita. "O Conselho Europeu decidiu o que decidiu (...), mas se, após as discussões, houver uma melhora, nós comemoraremos", declarou um porta-voz da Chancelaria, Georg Streiter, durante uma coletiva de imprensa do governo.