O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Philip Hammond, exigiu hoje (3) um cessar-fogo incondicional para resolver a situação na Faixa de Gaza, que classificou de "intolerável". Hammond, que substituiu William Hague na pasta dos Negócios Estrangeiros no mês passado, afirmou hoje ao jornal Sunday Telegraph que a matança tem de parar, depois de ter se mostrado ;gravemente preocupado; com o número de vítimas civis da operação militar de Israel na Faixa de Gaza.
[SAIBAMAIS];O público britânico tem um forte sentimento de que a situação da população civil em Gaza é intolerável e exige uma resposta ; e nós concordamos com ele;, disse o ministro, e acrescentou: ;Há um vasto leque da opinião pública britânica que se sente profundamente perturbado com o que está vendo nas suas telas de televisão ". Ex-ministro da Defesa do Reino Unido até assumir Negócios Estrangeiros, Hammond reconheceu as preocupações tanto do Hamas quanto de Israel, mas insistiu que elas não podem prejudicar um cessar-fogo humanitário. ;Temos que parar a matança;, disse o ministro.
Numa declaração divulgada mais tarde, Hammond disse que tinha falado por telefone com o ministro israelense dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman, com quem comentou o bombardeio de uma escola das Nações Unidas, onde estavam refugiados palestinos, e que causou a morte de dez pessoas. ;Estou chocado com relatos de mais mortes de civis nas imediações de uma escola gerida pela ONU, em Rafah, que acolhia palestinos deslocados pelo conflito em Gaza, esta manhã;, disse Hammond. ;Os fatos ainda não estão esclarecidos, mas é trágico que haja mais perdas de vida em local usado como abrigo;, lamentou.
O ministro aplaudiu sinais de que as forças israelenses podem deixar a Faixa de Gaza, depois de uma campanha militar israelense, iniciada em 08 de julho, que já fez mais de 1.700 mortes.