O movimento islâmico Hamas negou nesta segunda-feira (29/7) ter aceitado um acordo para um cessar-fogo de 72 horas, contradizendo o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Abed Rabbu, que havia proposto uma trégua após um suposto acordo entre o Hamas e a Jihad Islâmica.
[SAIBAMAIS];A declaração de Yasser Abed Rabbu sobre o Hamas ter concordado com um cessar-fogo durante 24 horas não é correta e não tem nada a ver com a postura da resistência;, disse o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri. ;Vamos considerar um cessar-fogo quando Israel se comprometer com isso, observando as garantias internacionais;, completou. Minutos antes da declaração de Abu Zuhri, líderes palestinos haviam declarado que estavam ;preparados; para um cessar-fogo humanitário imediato durante 24 horas prorrogáveis por mais 48 horas.
Já são 1.191 os palestinos mortos desde o início da recente ofensiva de Israel contra Gaza. Os ataques da artilharia israelense se intensificaram desde ontem (28) à noite, especialmente nas zonas de Bureij (centro), Jabaliya (norte) e Rafah (sul). Além disso, o exército israelense anunciou hoje ter matado cinco combatentes palestinos num túnel no interior da Faixa de Gaza.
Mais de sete mil pessoas ficaram feridas em três semanas de conflitos. Israel também registou baixas militares ontem, com a morte de 10 soldados. O número de soldados israelenses mortos chega a 53, o maior desde a ofensiva contra o movimento xiita libanês Hezbollah, em 2006.