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Farc e ELN pedem que o novo congresso da Colômbia trabalhe pela paz

As negociações são retomadas depois um recesso de mais de um mês, durante o qual o presidente Juan Manuel Santos foi reeleito em segundo turno

Bogotá - Os líderes das guerrilhas das Farc e ELN pediram nesta terça-feira (22/7) que o novo Congresso da Colômbia legisle a favor da paz e das maiorias humildes do país, em uma carta conjunta.

Assinada pelo comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Timoleón Jiménez (Timochenko), e do chefe do Exército da Libertação Nacional (ELN), Nicolás Rodríguez, a carta também pede aos congressistas que legislem "a favor do conjunto da sociedade colmbiana e não das minorias privilegiadas".

Em referência às negociações de paz, a carta dos guerrilheiros insiste que acordo obtido durante os diálogos deve ser "assimilado a um grande Tratado de Paz, blindado por uma decisão do povo soberano para assegurar sua transcendência".

A guerrilha das Farc e o governo da Colômbia retomam na terça-feira passada as negociações de paz em Havana para aparar as pontas em assuntos de procedimento antes de abordar o sensível tema das vítimas do conflito armado.



Segundo uma fonte ligada às negociações, não se trata do início de um ciclo de diálogos propriamente, e sim um encontro preparatório para o prosseguimento das discussões.

As negociações são retomadas depois um recesso de mais de um mês, durante o qual o presidente Juan Manuel Santos foi reeleito em segundo turno, em um sinal que a maioria dos colombianos apoia o processo de paz.

Até agora, as duas partes conseguiram consenso sobre três pontos da agenda: reforma rural, participação política e drogas ilícitas.

Mas ainda restam discutir temas muito sensíveis e complexos: vítimas, abandono das armas e mecanismo de aprovação de um eventual acordo de paz.