Kerry chegou na noite desta segunda ao Cairo para discutir um cessar-fogo neste território, onde mais de 570 palestinos morreram em duas semanas - incluindo dezenas de crianças. Milhares de pessoas ficaram feridas e cerca de 100 mil tiveram que deixar as casas.
"Estamos profundamente preocupados com as consequências dos esforços legítimos e apropriados que Israel faz para se proteger", considerou o chanceler americano depois de um encontro com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em uma viagem regional para buscar uma saída para o conflito, o quinto em menos de uma década em Gaza.
"Nenhum país pode ficar sem reagir quando é atacado por foguetes, quando túneis são cavados para que penetrem em seu território e ataquem seus cidadãos", acrescentou Kerry. "Mas, em todo conflito, os civis são um ponto preocupante, pelas crianças, mulheres e comunidades que são afetadas pela violência".
Fortemente criticado em razão do grande número de civis mortos nos bombardeios, Israel considera que os grupos armados palestinos estão se posicionando perto de prédios civis, como hospitais. Os Estados Unidos vão conceder 15 milhões de dólares à Agência da ONU de Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA), que fez um apelo por doações em torno de 60 milhões de dólares para enfrentar a crise.
Os 32 milhões de dólares restantes serão fornecidos pela Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional e incluem 10 milhões de dólares já concedidos aos palestinos que serão destinados às necessidades de urgência, indicou o Departamento de Estado.