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Famílias das vítimas do voo MH17 mostram revolta com tratamento dos corpos

Boeing da companhia aérea Malaysia Airlines caiu na quinta-feira em uma zona controlada por separatistas pró-russos com 298 pessoas a bordo



"Não faz sentido se deixar levar pela raiva, a tristeza já custa bastante energia. É melhor acender uma vela para o meu irmão, minha cunhada e minha sobrinha", disse Els ao jornal Algemeen Dagblad. No Reino Unido, a ansiedade prevalece. "O que está acontecendo? O fato de os rebeldes terem recolhido os corpos me preocupa. O que vão fazer com eles?", disse ao Daily Telegraph Hugo Hoare, que perdeu um irmão no Boeing 777. Nove cidadãos britânicos morreram na tragédia.

"Tudo que eu espero, para mim e para todas as famílias, é que as 298 pessoas sejam repatriadas", pediu vez Barry Sweeney, que perdeu seu filho Liam: "São 298 pessoas inocentes." "É preciso que todos parem de agir como idiotas e que as vítimas voltem para casa".

Investigação da justiça

Com o objetivo de identificar os responsáveis pela queda do avião, a Procuradoria da Holanda abriu uma investigação preliminar. A Holanda, em virtude de uma lei adotada há alguns anos, pode indiciar suspeitos de crimes de guerra, mesmo em casos que tenham acontecido no exterior, se uma ou várias vítimas forem holandesas.

Um mar de flores lembrava as vítimas no aeroporto de Amsterdã, de onde o avião decolou na quinta-feira com destino a Kuala Lumpur, e uma longa fila de pessoas esperava para assinar o livro de condolências.