Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou por telefone nesta sexta-feira com seus homólogos de Grã-Bretanha, Alemanha e Austrália para discutir a resposta ao abate de um avião comercial no espaço aéreo da Ucrânia.
Os telefonemas à chanceler alemã, Angela Merkel, e aos primeiros-ministros David Cameron (Grã-Bretanha) e Tony Abbott (Austrália) ocorrem após Obama manifestar publicamente que tem razões para acreditar que o míssil que derrubou o avião com 298 pessoas a bordo foi disparado do território sob controle dos separatistas pró-Rússia, no leste da Ucrânia.
[SAIBAMAIS]As três conversas giraram em torno da queda do voo MH17 da Malaysian Airlines, informou o vice-assessor de Segurança Nacional Ben Rhodes.
Em seu telefonema a Abbott, o presidente americano manifestou suas condolências pela morte dos australianos a bordo do Boeing 777, que realizava a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur.
"Os dois líderes discutiram a importância de se conduzir uma investigação internacional rápida, completa, sem obstáculos e transparente; e assinalaram a necessidade de que os investigadores internacionais tenham acesso imediato ao local da queda", na zona de conflito entre as forças ucranianas e os separatistas.
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Obama teve uma conversa similar com Cameron e Merkel.
Mais cedo nesta sexta, Obama declarou que um míssil disparado do território em poder dos rebeldes na Ucrânia foi a causa da queda de um avião comercial malaio, provocando uma "tragédia indescritível".
"As evidências indicam que o avião foi abatido por um míssil terra-ar, que foi lançado a partir de uma área controlada por separatistas apoiados por russos no interior da Ucrânia".
O presidente americano, que no início da semana anunciou um aumento das sanções contra a Rússia devido ao conflito, disse ter ligado para presidente russo, Vladimir Putin, para pedir que ele use de sua influência junto aos separatistas pró-russos para conter seus ataques.
"Acho que é importante reconhecer que este evento chocante lembrou que este é o momento de restaurar a paz e a segurança na Ucrânia".