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Recorde o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines no Oceano Índico

Uma hora após a decolagem, o voo MH370 mudou de direção e cessou todo contato com os controladores aéreos

A queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines nesta quinta-feira (17/7) no leste da Ucrânia ocorre quatro meses após o desaparecimento misterioso de outro Boeing 777 da mesma companhia malaia. No sábado 8 de março, o Boeing 777 da Malaysia Airlines decolou de Kuala Lumpur às 00H41 (13H41 de sexta-feira no horário de Brasília) com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros (153 chineses), com destino a Pequim.

Uma hora após a decolagem, o voo MH370 mudou de direção e cessou todo contato com os controladores aéreos. Pouco depois, o Vietnã afirmou que o avião havia desaparecido em seu espaço aéreo e lançou uma investigação após a detecção no mar de vestígios de combustível. No dia seguinte, a Malásia anunciou que investigava uma pista terrorista, e o FBI enviou seus agentes.

Falsas pistas sobre possíveis localizações da aeronave se multiplicaram, como quando Pequim anunciou em 12 de março a detecção de três "grandes objetos flutuantes" no Mar da China Oriental. De acordo com a Malásia, a comunicação da aeronave foi desativada, a mudança de trajetória foi resultado de uma "ação deliberada" e o avião continuou voando por quase sete horas. Buscas foram realizadas nos domicílios dos pilotos em Kuala Lumpur, e a análise do passado dos funcionários não indicou nada de relevante.

Em meados de março, o perímetro das buscas expandiu e 26 países passaram a ajudar. Em 30 de março, a Austrália foi encarregada de coordenar as operações de buscas realizadas por sete países (Austrália, China, Malásia, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Estados Unidos), com o apoio de um submarino britânico.



Apesar de mais de 300 missões aéreas e buscas abrangendo mais de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, os esforços não resultaram em nada. Passou-se a dar prioridade a exploração subaquática, com a retirada da maioria das aeronaves e embarcações em 30 de abril. No início de julho, o ministério da Defesa da Malásia anunciou o envio de um navio equipado com uma sonda multifeixe, que permite o rastreamento da topografia subaquática. Ele deve deixar a Malásia em 4 de agosto para o sul do Oceano Índico, ao largo da costa da Austrália, uma área em que, de acordo com especialistas, o avião teria caído.

A explicação mais concreta para este misterioso desaparecimento, de acordo com funcionários encarregados da investigação, é de uma queda brusca no nível de oxigênio na aeronave que fez a tripulação perder a consciência. A aeronave teria continuado a voar no piloto automático até sua queda no mar por falta de combustível. O desaparecimento do Boeing permanece até hoje um dos maiores mistérios da aviação civil.