Jerusalém - Israel retomou nesta terça-feira (15/7) os bombardeios contra a Faixa de Gaza, depois de uma breve trégua, e anunciou que vai intensificar seus ataques, após o registro da primeira vítima israelense neste conflito que já matou cerca de 200 palestinos. A rejeição por parte do Hamas da iniciativa egípcia de cessar-fogo obriga Israel a "expandir e intensificar" suas operações militares em Gaza, declarou nesta terça o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Diante da piora da situação em Gaza, as movimentações diplomáticas se intensificavam nesta terça-feira. O secretário americano de Estado, John Kerry, pediu que o Hamas aceite a proposta egípcia de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza. "A proposta egípcia de cessar-fogo e as negociações dão a oportunidade de acabar com a violência e restabelecer a calma", declarou Kerry. A imprensa egípcia anuncia a chegada de Kerry ao Cairo nesta terça-feira, mas a visita não foi confirmada.
Abbas no Cairo
O presidente palestino, Mahmud Abbas, convocou as duas partes a um cessar-fogo. Está previsto que o presidente viaje à Turquia, um aliado do Hamas, e depois ao Egito para abordar a situação de Gaza, segundo fontes palestinas. O primeiro-ministro islâmico conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou Israel de ter cometido um ato de terrorismo de Estado e ter massacrado a população civil.
O chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, iniciou nesta terça uma breve visita a Israel e à Cisjordânia, onde se reunirá com Abbas. A ministra italiana das Relações Exteriores, Federica Mogherini, também chegou a Israel. A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) lamentou a destruição de casas na Faixa de Gaza.