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ONU aprova resolução para acelerar envio de ajuda humanitária à Síria

O texto foi aprovado por unanimidade, incluindo pela China e Rússia, que vetaram quatro projetos anteriores


Esta autorização é válida por seis meses e depois o Conselho deverá renová-la. A resolução também exige que os combatentes facilitem a entrega desta ajuda sem obstáculos e garantam a segurança dos responsáveis por entregá-la.

A ONU estima que este sistema deverá permitir abastecer com alimentos e medicamentos entre 1,3 e 1,9 milhão de civis adicionais em zonas tomadas pelos rebeldes. Por enquanto, a maior parte da ajuda humanitária chega a Damasco e é aproveitada pelas regiões dominadas pelas forças governamentais.

[SAIBAMAIS]Segundo as Nações Unidas, 10,8 milhões de sírios precisam de ajuda. No entanto, os trabalhadores humanitários não conseguem chegar a 4,7 milhões deles.

O texto prevê "medidas adicionais em caso de desrespeito por uma ou outra das partes sírias" da nova resolução ou da precedente, sem fornecer mais detalhes. Neste caso, seria necessária uma nova decisão do Conselho, que a Rússia poderia bloquear.

A resolução não foi tão longe quanto desejavam seus promotores (Austrália, Luxemburgo e Jordânia), que queriam uma libertação total da fronteira da Síria.

A princípio, os ocidentais buscavam alcançar uma resolução utilizando o artigo 7 da Carta das Nações Unidas, que prevê sanções econômicas e o uso da força para fazer respeitar uma decisão do Conselho. Mas Moscou e Pequim não estavam de acordo.

O governo sírio mostrou-se ameaçador. E afirmou que considerava uma agressão ultrapassar sua fronteira sem um acordo prévio. O conflito na Síria já deixou mais de 150.000 mortos desde março de 2011 e forçou nove milhões de sírios a abandonarem seus lares, enquanto três milhões se encontram refugiados no exterior.

Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o número de refugiados aumenta em 100.000 pessoas por mês e pode chegar a 3,6 milhões até o final de 2014.