Uma investigação sobre as circunstâncias de seu desaparecimento e captura "está em andamento", acrescentou o Exército. Oficiais militares informaram que o soldado, de 28 anos, recebeu uma assessoria durante o último mês para o contato com jornalistas, já que ainda não conversou com a imprensa desde que foi libertado.
[SAIBAMAIS]Bergdahl foi o único soldado americano mantido como refém pelos afegãos, e ficou cinco anos em poder dos insurgentes Haqqani, ligados aos talibãs. Ele desapareceu de seu posto no leste do Afeganistão, próximo à fronteira com o Paquistão, em junho de 2009.
O presidente Barack Obama foi intensamente criticado pela operação que libertou o soldado. Congressistas republicanos afirmaram que o governo fez uma concessão perigosa ao aceitar trocar Bergdahl por cinco talibãs, que estavam em Guantánamo e foram para o Catar.
Há a especulação de que o soldado tenha desertado de seu posto, devido ao relato de alguns soldados de que ele havia saído andando sozinho da base.
Segundo Cody Full, que serviu com Bergdahl, o soldado estaria passando por conflitos, e teria um plano para abandonar seu posto. Bergdahl era um "bom soldado" durante o treinamento na Califórnia, mas ao chegar ao Afeganistão passou a expressar sua discordância com a maneira como as missões eram feitas, contou Full a um comitê parlamentar.
"Ele não entendia porque estávamos entregando ajuda humanitária, construindo clínicas e ajudando a população, em vez de combater o Talibã", declarou.
O governo americano defendeu sua posição no caso, ressaltando que tem o dever de resgatar todos os seus soldados, e que uma investigação vai determinar se Bergdahl violou alguma de suas obrigações. Soldados da reserva apontaram que diversos militares tinham morrido busca pelo refém, mas o Pentágono alegou que não há evidências disso.