Jerusalém - Israel seguiu bombardeando nesta segunda-feira (14/7) pelo sétimo dia consecutivo a Faixa de Gaza, apesar dos apelos internacionais por uma trégua, mas sem lançar uma intervenção terrestre destinada a neutralizar o lançamento de foguetes pelo movimento islamita palestino Hamas. Pela primeira vez desde o início da operação em Gaza, um palestino de 20 anos foi morto na Cisjordânia em confrontos com o Exército durante uma manifestação na manhã desta segunda-feira no sul de Hebron.
Desde o início das hostilidades, foram lançados mil foguetes de Gaza, que feriram dez pessoas. O exército israelense destruiu 200 deles em voo. A atual espiral de violência começou após o sequestro e assassinato de três estudantes israelenses perto de Hebron em junho, que Israel atribui ao Hamas, seguido alguns dias depois pelo assassinato de um jovem palestino que foi queimado vivo em Jerusalém por judeus de extrema direita.
Sem trégua
Os apelos da comunidade internacional em favor de um cessar-fogo continuam a se multiplicar, ainda que sem resultados. A Liga Árabe se somou aos pedidos internacionais para deter a ofensiva israelense e pediu à comunidade internacional que adote medidas para proteger os habitantes de Gaza, um território pobre de 360 km2 e 1,2 milhão de habitantes.
O órgão publicou seu comunicado antes de uma reunião de ministros árabes das Relações Exteriores prevista para as 19h (16h de Brasília), que tem por objetivo "definir uma posição árabe comum" diante da espiral de violência no enclave palestino. No texto que será submetido aos ministros, a Liga Árabe pede "ações rápidas para o fim imediato da agressão israelense em Gaza e para proteger os palestinos".
"Já não é possível ficar em silêncio diante dos ataques aéreos em Gaza (...) A comunidade internacional tem que intervir através de suas instituições legais e humanitárias para proteger o povo palestino", acrescenta o texto. Já o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reiterou seu pedido por um cessar-fogo, considerando que "muitos civis palestinos foram mortos" e uma ofensiva terrestre só aumentaria o número de vítimas.