Quatro supostos militantes islamitas morreram nesta sexta-feira (4/7) no Egito na explosão de uma bomba que estavam preparando em uma propriedade de um líder da Irmandade Muçulmana, informou a polícia.
A explosão ocorreu em uma localidade da província de Fayum, horas depois da detonação de um artefato em um trem em Alexandria, que deixou nove feridos. Na propriedade, a polícia disse ter encontrado 39 bombas, circuitos elétricos e produtos químicos, que seriam usados na fabricação de explosivos, de acordo com a nota divulgada pelo Ministério do Interior.
Duas vítimas pertenciam ao movimento. Já os outros dois corpos estavam tão mutilados que não puderam ser imediatamente identificados. Ainda não se sabe se o dono da fazenda, Ahmed Arafa Abdel Qadir, um dos líderes da Irmandade, morreu na deflagração.
O braço político do movimento divulgou que as vítimas - "partidários" do movimento, segundo o comunicado - foram mortas por uma bomba lançada pela polícia.
Também nesta sexta, no Cairo, um adolescente de 15 anos foi morto em confrontos entre manifestantes islamitas e policiais, no bairro carente de Matariya - disse uma fonte policial à AFP. Pelo menos três pessoas foram detidas.
O governo egípcio mantém uma acirrada luta contra a Irmandade Muçulmana, o movimento do presidente deposto Mohamed Mursi, acusado de conspirar contra o Estado. Em um ano, a repressão ao grupo já deixou mais de 1.400 mortos e levou à detenção de pelo menos 15 mil pessoas. Segundo o governo, mais de 500 policiais e soldados foram mortos em diferentes ataques nesse mesmo período.