Berlim - Os deputados alemães devem aprovar na próxima quinta-feira (3/7) a criação do salário mínimo, uma das exigências dos social-democratas, aliados da chefe do governo conservador, Angela Merkel.
O salário mínimo de 8,50 euros por hora entrará em vigor em 1; de janeiro de 2015, mas terá que aguardar até 2017 para ser aplicado a todos os trabalhadores. Ainda assim, a medida tem uma série de exceções que reduziram seu alcance após duras negociações entre as forças políticas.
Embora a aprovação esteja garantida graças à maioria conservadora de Merkel e dos social-democratas (SPD) no Bundestag (Parlamento alemão), alguns integrantes do bloco da chanceler votarão contra.
Entre 10 e 20 de um total de 311 deputados conservadores da CDU/CSU devem votar contra, em um país onde tradicionalmente os salários são estabelecidos setor por setor em negociações entre patrões e sindicatos.
Angela Merkel só aceitou a medida para garantir a participação do SPD em seu governo. Os sociais-democratas pedem o salário mínimo para enfrentar as baixas remunerações, cada vez mais frequentes no país.
Organizações patronais e economistas preveem consequências catastróficas quando o salário mínimo estiver em vigor. Enquanto isso não acontece, o partido de Merkel faz o possível para reduzir o impacto da medida e multiplicar as exceções para as quais o salário mínimo não será aplicado.