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Para EUA, criação de califado em Iraque e Síria 'não tem sentido'

Segundo a Casa Branca, os jihadistas que lideram a ofensiva no Iraque promoveram "uma campanha de terror, de atos brutais de violência e ideologia repressora que representam uma ameaça grave ao futuro do Iraque"

Washington - O governo americano alegou nesta segunda-feira (30/6) que o anúncio dos extremistas sunitas da criação de um califado nos territórios que controlam em Iraque e Síria "não tem sentido". "Já ouvimos antes esse tipo de declaração do Estado Islâmico do Iraque e Levante (EIIL)", comentou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.


Com a sessão de abertura do Parlamento iraquiano marcada para esta terça-feira, Jen Psaki disse que Washington "continua a pedir que os líderes iraquianos cheguem a um acordo envolvendo os postos críticos que são a chave" para a formação de um novo governo.

Em uma gravação divulgada domingo na internet, os jihadistas dizem que o califado se estenderá de Aleppo, no norte da Síria, a Diyala, no leste do Iraque, e ordenaram aos muçulmanos nessas áreas que "obedeçam a seu novo líder". Califa foi o nome dado aos sucessores do profeta Maomé depois de sua morte, para designar o "emir dos fiéis" no mundo muçulmano.

Depois dos quatro primeiros califas que reinaram após a morte do profeta, o califado teve sua era de ouro na época dos Omíadas (661-750), e, principalmente, com os Abássidas (750-1517), antes de entrar em declínio, com o desmantelamento do Império Otomano, abolido em 1924.