O rei Abdullah II da Jordânia pediu nesta segunda-feira (30/6) ajuda à comunidade internacional para que o país enfrente a ameaça jihadista, principalmente depois da proclamação de um califado na região entre Iraque e Síria por um grupo jihadista.
"É importante que a comunidade internacional continue a apoiar a Jordânia a enfrentar os desafios e o desdobramentos na região", declarou Abdullah II durante um encontro com uma delegação parlamentar japonesa, se acordo com um comunicado do palácio real.
Os jihadistas sunitas controlam amplas faixas territoriais no Iraque e na vizinha Síria. O agora Estado Islâmico (EI, antigo Estado Islâmico no Iraque e no Levante) manifestou sua determinação de estender sua hegemonia, anunciando no domingo a criação de um califado e conclamando os muçulmanos de todo o mundo a jurarem fidelidade ao seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamado "califa Ibrahim".
[SAIBAMAIS]Em uma gravação divulgada na internet, o EI anunciou que o "califado" se estende por uma região que vai de Aleppo, no norte da Síria, a Diyala, no leste do Iraque.
Alertando para as "repercussões da crise sobre o Iraque, mas também para toda a região", o rei pediu "uma mediação política incluindo todos os segmentos da população iraquiana".
O avanço dos jihadistas no Iraque suscita temores de um contágio para a Jordânia, um país que já tem dificuldades em lidar com a chegada de mais de 600.000 refugiados sírios e em enfrentar seus próprios islamitas locais.
No domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia pedido que a comunidade internacional apoie a Jordânia frente à ameaça do "islamismo extremista", durante um discurso no Instituto de Estudos sobre a Segurança Nacional (INSS) de Tel Aviv.