O presidente americano, Barack Obama, ameaçou na noite de quarta a Rússia com novas sanções, caso esta não adote medidas rápidas para deter o envio de armas e de combatentes através da fronteira com a Ucrânia.
Em uma primeira conversa, Merkel e o presidente francês, François Hollande, convocaram na quarta-feira Poroshenko e Putin a trabalhar em conjunto para acabar com os combates, segundo Paris.
No leste da Ucrânia, um ataque dos rebeldes deixou dez paraquedistas ucranianos feridos na quarta-feira, de acordo com um porta-voz do exército.
Além disso, os meios de comunicação ucranianos informaram nesta quinta-feira sobre um ataque de homens armados contra um aeroporto da cidade de Kramatorsk, perto do reduto pró-russo de Slaviansk.
Apesar da morte de nove soldados ucranianos em um helicóptero derrubado pelos rebeldes na terça-feira, Poroshenko decidiu manter o cessar-fogo.
Para tentar apaziguar a situação, o presidente ucraniano apresentará ao Parlamento uma reforma de descentralização que conceda mais poderes às regiões, mas sem instaurar uma estrutura federal, como pedia a Rússia.
Já a UE planeja assinar um acordo comercial com Kiev para suprimir a maior parte das fronteiras aduaneiras.
A rejeição em assinar esse documento, previsto inicialmente em novembro passado, provocou o início de um movimento de protestos pró-europeus e a destituição do então presidente, o pró-russo Viktor Yanukovytch, assim como a atual crise no país.
A Rússia advertiu na quarta-feira que tomará medidas de proteção, se os acordos de associação entre a UE e Ucrânia, Moldávia e Geórgia, com assinatura prevista para sexta-feira, prejudicarem sua economia.
Em julho, a UE, Moscou e Kiev negociarão em nível ministerial as condições de aplicação desse acordo, embora as consultas entre especialistas comecem nesta semana, indicou nesta quinta-feira Alexei Meshkov, um diplomata russo.