"Desconhecidos encapuzados e vestidos com uniformes militares atacaram a senhora Bouguiguis em sua casa", disse à AFP um oficial, que pediu para não ter o nome revelado. "Bouguiguis chegou em estado crítico ao Centro Médico de Benghazi, onde faleceu mais tarde em consequência dos ferimentos", disse à AFP um porta-voz do hospital.
Feminista liberal, Bouguiguis participou ativamente da revolução de 2011 que acabou com o regime de Muammar Kadhafi. Ex-integrante do Conselho Nacional de Transição (CNT), ex-braço político da rebelião, Bouguiguis era atualmente vice-presidente de um comitê preparatório para o diálogo nacional.
Nesta quarta, Bouguiguis participou das eleições legislativas na Líbia e publicou fotos dela na seção eleitoral em sua página de Facebook.
Seu assassinato aconteceu menos de um ano depois da morte de Abdesalem al Mesmari, advogado e militante político líbio, também em Benghazi, reduto de grupos islâmicos radicais.
Desde a Revolução de 2011, a região leste da Líbia - e, em particular, sua cidade mais importante, Benghazi - é palco de uma série de ataques e assassinatos, sobretudo, de militares, de policiais e de magistrados.
No final de maio, foi morto a tiros um jornalista líbio crítico dos "jihadistas" em Benghazi, reduto da Revolução de 2011.