Ramallah - Os 63 presos palestinos hospitalizados em razão de uma greve de fome que observam desde abril suspenderam seu movimento, informou à AFP nesta terça-feira (24/6) seu advogado. "Os grevistas, que chegaram a um acordo com as autoridades penitenciárias israelenses, decidiram suspender a greve de fome diante da aproximação do Ramadã", o mês sagrado dos muçulmanos, revelou o advogado Achraf Abu Snena.
Os detalhes do acordo serão divulgados nesta quarta-feira (25/6), acrescentou o advogado. A greve de fome foi iniciada para denunciar as detenções administrativas, que permitem manter palestinos na prisão sem julgamento.
Esta medida repressiva faz parte da legislação de emergência herdada do Mandato Britânico na Palestina (1920-1948) e permite a detenção sem o devido processo por um período de seis meses, que pode ser renovado. Segundo estatísticas israelenses, 200 dos cinco mil prisioneiros palestinos estão sob prisão administrativa.