Washington - O Congresso americano prestou uma homenagem póstuma nesta terça-feira (24/6) ao Prêmio Nobel da Paz assassinado Martin Luther King e a sua mulher, Coretta Scott King, durante uma cerimônia pelos 50 anos da promulgação da histórica lei dos direitos civis. Em 2004, os congressistas votaram uma resolução para conceder uma medalha de ouro ao casal King. Coretta receberia o prêmio, mas ela faleceu em 2006. Por isso, hoje, seus filhos receberam a homenagem na rotunda do Capitólio, em Washington.
Nesse mesmo dia, ao vivo pela televisão, o presidente democrata Lyndon Johnson promulgou a lei, proibindo a discriminação e a segregação racial nas escolas, no trabalho, em hotéis, restaurantes e em qualquer outro espaço público. "Sem a liderança de Lyndon Johnson não estaríamos aqui onde estamos, e Barack Obama não seria presidente dos Estados Unidos", frisou Lewis.
A medalha de ouro do Congresso já foi concedida à opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, ao astronauta Neil Armstrong, às vítimas dos atentados do 11 de Setembro de 2001 e às quatro jovens assassinadas no atentado à igreja de Birmingham, no estado do Alabama, em 1963. Esse foi um dos mais tristes e cruéis episódios da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.