Havana - O número de presos políticos em Cuba aumentou de 87 a 102 desde novembro de 2013, segundo denunciou o grupo opositor Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional. O grupo inclui em sua contagem os 12 dissidentes que se encontram em liberdade condicional, segundo um relatório enviado à imprensa estrangeira.
No entanto, esta cifra é muito menor que os mais de 300 presos políticos que o presidente Raúl Castro encontrou quando assumiu o poder em 2006, substituindo seu irmão Fidel.
A Comissão, encabeçada pelo dissidente Elizardo Sánchez, denunciou que o governo de Raúl Castro recorre a prisão rápidas - de algumas horas ou poucos dias - para reprimir a dissidência, invés de longas condenações como no tempo de Fidel.
Segundo o grupo, a maioria dos presos é de dissidentes pacíficos, mas a cifra inclui oito condenados por desembarcar em Cuba como parte de pequenas expedições armadas anticastristas procedentes da Flórida, entre 1991 e 2001, cujas penas variam entre 25 e 30 anos.