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Israel prende mais 10 palestinos na operação militar após sequestro

A OLP informou que cerca de 50 ex-prisioneiros foram presos de novo por Israel e que desde 12 de junho foram detidos 380 palestinos

Jerusalém - Israel prendeu durante a madrugada de sábado mais dez palestinos na Cisjordânia, no nono dia da operação militar depois do sequestro de três jovens israelenses perto das colônias, informou o Exército hebreu. "Esta noite detivemos dez pessoas, o que eleva a 330 o número de palestinos presos desde o princípio da operação", disse à AFP um porta-voz do Exército.

Segundo a rádio estatal israelense, entre os presos também há palestinos que foram libertados em 2001 em troca do soldado israelense Gilad Shalit, que ficou sob poder do Hamas durante cinco anos. O exército não confirmou esta informação.

A Organização de Libertação da Palestina (OLP) informou que cerca de 50 ex-prisioneiros foram presos de novo por Israel e que desde 12 de junho foram detidos 380 palestinos.

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O representante palestino na ONU, Riyad Mansur, pediu na sexta-feira à comunidade internacional que intervenha para proteger a população civil palestina, vítima de um "castigo coletivo". "Pedimos à comunidade internacional que intervenha urgentemente para acabar com a agressão israelense. Esta perigosa escalada poderá ter consequências dramáticas para toda a região", escreveu o diplomata em carta enviada ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Mansur alertou ainda para a situação dos prisioneiros palestinos em greve de fome há 60 dias nas prisões israelenses.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, reafirmou neste sábado que "ninguém sabe quem é o responsável (pelo desaparecimento) e Israel acusa o Hamas sem qualquer prova".

O Exército hebreu realiza há nove dias uma vasta operação para localizar os três adolescentes sequestrados no dia 12 de junho e desmantelar a infra-estruturas na Cisjordânia do Hamas, que Israel responsabiliza pelo sequestro.

Os estudantes - Eyal Yifrach, de 19 anos, Naftali Frenkel, de 16, e Gilad Shaer, de 16 - desapareceram perto de Gush Etzion, um bloco de colônias em uma zona controlada por Israel na Cisjordânia.

Segundo a imprensa israelense, equipes de bombeiros e policiais especializados em operações de resgate foram enviadas neste sábado à região de Hebron, no sul da Cisjordânia, para vasculhar poços, reservatórios e áreas de risco de acidentes.

Segundo analistas, Israel quer boicotar a reconciliação entre o Fatah e o Hamas e está aproveitando a operação na Cisjordânia para desmantelar as redes do movimento radical islâmico.