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Chefe da Irmandade Muçulmana é um dos 183 condenados à morte no Egito

Desde a deposição de Mursi, as forças de segurança realizam uma repressão implacável de seus partidários

Cairo - Um tribunal egípcio confirmou neste sábado (21/6) as condenações à morte contra 183 supostos partidários do presidente islamita Mohamed Mursi, deposto pelo exército, entre eles o chefe da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie. Inicialmente o tribunal havia condenado à morte 683 pessoas, mas neste sábado comutou a pena em prisão perpétua para quatro pessoas, entre elas duas mulheres, e absolveu 496, afirmou à AFP o procurador geral Abdel Rahim Abdel Malek.



Desde a deposição e a prisão no dia 3 de julho de 2013 de Mursi, o primeiro chefe de Estado eleito democraticamente no país, as forças de segurança realizam uma repressão implacável de seus partidários.

Mais de 1.400 manifestantes pró-Mursi morreram e cerca de 15.000 pessoas foram detidas. Além disso, a Irmandade Muçulmana foi declarada terrorista e quase todos os seus líderes podem ser condenados à morte me diversos julgamentos, assim como o próprio Mursi.

Atualmente, o país está dirigido por Abdel Fatah al-Sissi, o ex-chefe das forças armadas que derrubou Mursi. Sissi prestou juramento como presidente há quase duas semanas. Foi eleito no fim de maio com 96,9% dos votos, depois de ter eliminado qualquer tipo de oposição política, tanto islamita quanto laica ou liberal.