O Egito foi readmitido na União Africana (UA) após quase um ano de suspensão devido à deposição do ex-presidente Mohamed Morsi pelo exército em julho passado, anunciou hoje um responsável da organização.
O Conselho de Paz e Segurança da UA acordou unanimemente a readmissão do Egito como membro da entidade pan-africana. A suspensão do Egito recebida com protestos por parte do governo interino, que tomou posse após a deposição de Morsi, o primeiro presidente egípcio eleito livremente, em julho do ano passado, verificou-se devido a mecanismos internos da UA que são aplicados quando existe uma interrupção da ordem constitucional de algum dos seus membros.
Observadores da UA foram enviados para as eleições presidenciais no final de maio deste ano, para se assegurarem da legalidade do processo. Abdel Fattah Al-Sisi, o orquestrador da deposição de Morsi, ganhou as eleições com uma grande maioria entre protestos.
Fontes oficiais egípcias já tinham informado que Al Sisi tinha recebido um convite oficial para assistir à reunião extraordinária da UA em Malabo, capital da Guiné Equatorial, que será de 20 a 27 de junho.
O regresso a UA e a recuperação do protagonismo do Egito nos assuntos políticos africanos e árabes é uma das prioridades de Al Sisi, que algumas horas tomou o poder e revelou o seu novo gabinete, no qual figura um novo chanceler, Sami Chukri professor universitário e ex-embaixador nos EUA.