Cairo - O jornalista da emissora de televisão do Catar Al-Jazeera Abdallah Elshamy, em greve de fome há quase cinco meses, foi posto em liberdade nesta terça-feira, após a decisão do procurador-geral do Egito, que alegou razões de saúde. Detido em 14 de agosto de 2013 quando cobria para o canal catariano a dispersão sangrenta de uma manifestação de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi no Cairo, Elshamy foi solto de uma delegacia de polícia nos arredores da capital.
O jornalista estava em greve de fome desde 21 de janeiro em protesto contra sua detenção. Em maio, sua família relatou à AFP que o jornalista havia perdido 40 quilos.
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Em paralelo, a Justiça anunciará em 23 de junho a sentença do julgamento de outros jornalistas da Al-Jazeera, acusados de apoiar a Irmandade Muçulmana, a confraria do presidente islâmico destituído. "O procurador-geral Hesham Barakat ordenou a libertação de 13 acusados (...), incluindo Abdallah Elshamy (...) por motivos de saúde", informou a agência de notícias oficial Mena na véspera.
A Al-Jazeera afirmou que essa decisão comprova a "falta de acusações contra ele".
Egito e Catar têm estado em desacordo desde a destituição e a prisão de Mursi, em 3 de julho de 2013. Cairo acusa Doha de apoiar os islâmicos, enquanto Doha denuncia a repressão contra os simpatizantes de Mursi, que já matou 1.400 pessoas e levou 15.000 para prisões, de acordo com organizações não governamentais.
Em 5 de junho passado, um promotor pediu a "pena máxima", de 15 a 25 anos de prisão, para 20 réus, incluindo o repórter australiano Peter Greste e outros dois jornalistas que trabalham para a Al-Jazeera English.
Nove réus estão detidos no Egito, entre eles Greste, e 11 são julgados à revelia, incluindo três jornalistas estrangeiros.
Apesar das duras penas solicitadas, os advogados da defesa e os familiares dos acusados esperam que sejam absolvidos em 23 de junho.
O jornalista estava em greve de fome desde 21 de janeiro em protesto contra sua detenção. Em maio, sua família relatou à AFP que o jornalista havia perdido 40 quilos.
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A Al-Jazeera afirmou que essa decisão comprova a "falta de acusações contra ele".
Egito e Catar têm estado em desacordo desde a destituição e a prisão de Mursi, em 3 de julho de 2013. Cairo acusa Doha de apoiar os islâmicos, enquanto Doha denuncia a repressão contra os simpatizantes de Mursi, que já matou 1.400 pessoas e levou 15.000 para prisões, de acordo com organizações não governamentais.
Em 5 de junho passado, um promotor pediu a "pena máxima", de 15 a 25 anos de prisão, para 20 réus, incluindo o repórter australiano Peter Greste e outros dois jornalistas que trabalham para a Al-Jazeera English.
Nove réus estão detidos no Egito, entre eles Greste, e 11 são julgados à revelia, incluindo três jornalistas estrangeiros.
Apesar das duras penas solicitadas, os advogados da defesa e os familiares dos acusados esperam que sejam absolvidos em 23 de junho.