Amsterdã- A associação de defesa dos oceanos Sea Shepherd se preparava nesta sexta-feira (13/6) para uma campanha sem precedentes contra uma prática conhecida como "grind", uma caça secular de golfinhos nas ilhas Feroe, que a ONG qualifica como uma "matança obsoleta". "É uma velha tradição de centenas de anos, que data de uma época em que os moradores tinham a necessidade de comer golfinhos para sobreviver", explicou à AFP Alex Cornelissen, diretor da Sea Shepherd, durante escala em Amsterdã antes de seguir para as ilhas Feroe.
"Mas, agora, o argumento da sobrevivência não é mais válido. Agora se trata de um divertimento, mais do que outra coisa, de uma matança obsoleta", acrescentou. "Além disso, estes golfinhos não são aptos para o consumo devido à contaminação. Têm uma elevada concentração de mercúrio, por exemplo", assegurou.
Segundo a ONG - mais conhecida por suas campanhas no oceano austral contra os caçadores japoneses de baleias -, 1.500 cetáceos são mortos anualmente nos "grinds". Esta tradição, defendida pelas autoridades locais, consiste em colocar os golfinhos, chamados "pilotos", em enseadas para, em seguida, capturá-los na praia com a ajuda de ganchos colocados na extremidade das cordas e matá-los com arma branca.
Sob protetorado dinamarquês, este arquipélago situado entre a Escócia e a Islândia, mantém com frequência conflitos com a União Europeia na área da pesca. "Caçam uma espécie protegida por várias convenções na Europa", destacou Cornelissen. "Estão sob protetorado dinamarquês, devem, portanto, respeitar as regras europeias", prosseguiu.
No total, 500 ativistas do Sea Shepherd se revezarão de junho a outubro nas ilhas Feroe, em equipes em terra ou no mar. "Devemos localizar os golfinhos antes que os cacem e afastá-los o máximo da costa", explicou Lamya Essemlali, que chefiará a campanha 2014. "Se vemos um grupo de golfinhos e não podemos afastá-los, será preciso usar outros métodos, particularmente da terra", acrescentou.
Os ativistas terão à sua disposição lanchas rápidas e um barco mais potente, o "Colombus", assim como uma dezena de veículos e "mobile-homes", afirmou Cornelissen. Parte dos ativistas desta ONG chegarão na noite de domingo às ilhas Feroe a bordo de um ferry procedente da Dinamarca. A própria campanha, denominada "Grindstop 2014", começará durante a semana.
Alguns ativistas já estão nas ilhas Feroe. Os contatos com a população local costumam ser bons, embora também possa haver atritos, explicou Cornelissen. "Alguns dos nossos veículos foram danificados e cobertos com sangue de golfinho", afirmou. O Sea Shepherd aumentou seus meios com relação a campanhas anteriores nas ilhas Feroe: esta será mais longa e suas lanchas, impossíveis de afundar, foram especialmente adquiridas para a ocasião.
"Em 2011, em nossa última campanha, nenhum golfinho foi morto", disse Lamya Essemlali. "Mas enquanto deixamos as ilhas Feroe, após um mês e meio de presença, foram retomados os grinds".
"Mas, agora, o argumento da sobrevivência não é mais válido. Agora se trata de um divertimento, mais do que outra coisa, de uma matança obsoleta", acrescentou. "Além disso, estes golfinhos não são aptos para o consumo devido à contaminação. Têm uma elevada concentração de mercúrio, por exemplo", assegurou.
Segundo a ONG - mais conhecida por suas campanhas no oceano austral contra os caçadores japoneses de baleias -, 1.500 cetáceos são mortos anualmente nos "grinds". Esta tradição, defendida pelas autoridades locais, consiste em colocar os golfinhos, chamados "pilotos", em enseadas para, em seguida, capturá-los na praia com a ajuda de ganchos colocados na extremidade das cordas e matá-los com arma branca.
Sob protetorado dinamarquês, este arquipélago situado entre a Escócia e a Islândia, mantém com frequência conflitos com a União Europeia na área da pesca. "Caçam uma espécie protegida por várias convenções na Europa", destacou Cornelissen. "Estão sob protetorado dinamarquês, devem, portanto, respeitar as regras europeias", prosseguiu.
No total, 500 ativistas do Sea Shepherd se revezarão de junho a outubro nas ilhas Feroe, em equipes em terra ou no mar. "Devemos localizar os golfinhos antes que os cacem e afastá-los o máximo da costa", explicou Lamya Essemlali, que chefiará a campanha 2014. "Se vemos um grupo de golfinhos e não podemos afastá-los, será preciso usar outros métodos, particularmente da terra", acrescentou.
Os ativistas terão à sua disposição lanchas rápidas e um barco mais potente, o "Colombus", assim como uma dezena de veículos e "mobile-homes", afirmou Cornelissen. Parte dos ativistas desta ONG chegarão na noite de domingo às ilhas Feroe a bordo de um ferry procedente da Dinamarca. A própria campanha, denominada "Grindstop 2014", começará durante a semana.
Alguns ativistas já estão nas ilhas Feroe. Os contatos com a população local costumam ser bons, embora também possa haver atritos, explicou Cornelissen. "Alguns dos nossos veículos foram danificados e cobertos com sangue de golfinho", afirmou. O Sea Shepherd aumentou seus meios com relação a campanhas anteriores nas ilhas Feroe: esta será mais longa e suas lanchas, impossíveis de afundar, foram especialmente adquiridas para a ocasião.
"Em 2011, em nossa última campanha, nenhum golfinho foi morto", disse Lamya Essemlali. "Mas enquanto deixamos as ilhas Feroe, após um mês e meio de presença, foram retomados os grinds".