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Conferência quer tolerância zero para violência sexual nas guerras

O secretário de Estado americano, John Kerry, se disse envolvido no combate "a título pessoal, enquanto veterano de guerra e pai de duas filhas"


"Como mulher, é difícil falar quando se viveu uma violência física semelhante. Mas vir aqui e ver tanta gente se interessar por este tema me dá uma força incrível. É algo que não havia sentido antes. É uma força que vem do fundo do coração e se alimenta da sede de justiça", explicou à AFP a jornalista investigativa colombiana Jineth Bedoya Lima, do jornal El Espectador, estuprada por paramilitares em 2000.

"Há cinco anos, não se falava deste assunto", declarou o médico congolês Desiré Munyali, cirurgião infantil e médico forense, que trabalha no hospital de Panzi, em Kivu do Sul (leste), para ajudar as mulheres estupradas.

"As pessoas preferiam se esconder, inclusive negar ajuda. O governo, talvez por vergonha ou por cumplicidade, não queria nem mesmo falar disso. Mas hoje estão aqui, em Londres, falarão e acredito que tomarão decisões. É a nossa esperança".