Kinshasa - Soldados da República Democrática do Congo (RDC) e de Ruanda entraram em confronto com armas automáticas na manhã desta quarta-feira (11/6) na fronteira entre os dois países, afirmaram à AFP um funcionário local e uma testemunha.
[SAIBAMAIS]Os combates começaram por volta das 04h da manhã (23h de Brasília) e às 08h30 (03h30) a calma parecia já ter voltado, afirmaram as fontes, que pediram o anonimato e não informaram sobre vítimas.
Os confrontos ocorreram em Kanyesheza, vinte quilômetros a nordeste de Goma, capital da província congolesa de Kivu do Norte, na fronteira com Ruanda. As relações entre os dois países são tensas há anos.
Segundo um funcionário da administração local que pediu o anonimato, no incidente os militares ruandeses capturaram um soldado das forças armadas da RDC (FARDC). "Ouvi disparos das 4 às 8h30 da manhã", contou um morador de uma aldeia próxima sob anonimato.
Acrescentou que no fim da manhã uma delegação congolesa se dirigia ao local para "negociar o retorno do militar congolês sequestrado".
Segundo o funcionário local, esta delegação está formada por militares e membros da Agência Nacional de Inteligência Congolesa (ANR). Contactado pela AFP, o governador de Kivu do Norte, Julien Paluku, relativizou o incidente.
"Ocorreram disparos entre efetivos da RDF, o exército ruandês e membros das FARDC em Kanyesheza", contou.
"Foram incidentes menores, não são combates entre os dois exércitos. São incidentes provocados pelo exército ruandês, estamos tentando determinar as causas" dos disparos, afirmou. Segundo ele, os disparos começaram às 06h15 da manhã e duraram 30 minutos.