"O ataque acabou, eliminamos todos os criminosos", disse o porta-voz da unidade paramilitar do exército, Sibtain Rizvi. As forças de segurança exibiram aos jornalistas armas e mantimentos que supostamente pertenciam aos terroristas. "Nosso trabalho terminou e vamos devolver o controle do aeroporto à aviação civil", disse Rizvi.
A ação foi reinvidicada pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP) como represália pela morte de seu líder, Hakimullah Mehsud, em novembro do ano passado em um ataque de drone (avião teleguiado) americano nas zonas tribais do noroeste do Paquistão.
O porta-voz do TTP, Shahidulah Shahid, também rejeitou a oferta do governo para um diálogo e prometeu mais ataques.
"O Paquistão utilizou as conversações de paz como uma arma de guerra", disse à AFP.
"Ainda temos que vingar as centenas de mulheres e crianças que morreram nos ataques aéreos contra as zonas tribais", completou. O diálogo para acabar com a rebelião armada que o TTP iniciou em 2007 contra o governo do Paquistão começou em fevereiro, mas não apresentou resultados até o momento.
O ataque provoca dúvidas sobre como os insurgentes conseguiram entrar no aeroporto de uma das maiores cidades do mundo e, em geral, sobre a segurança no país.
Fontes ligadas à investigação afirmaram que os criminosos entraram por duas áreas diferentes do aeroporto às 23H00 de domingo, o terminal utilizado para a peregrinação à Meca e uma área de engenharia próxima a um antigo terminal em desuso.
Pelo menos três grandes explosões foram registradas quando os terroristas detonaram suas cargas.
Os insurgentes, alguns de uniforme, travaram uma batalha contras as força de segurança do aeroporto, que foram apoiadas pela polícia, por unidades paramilitares e grupos de elite. Uma intensa fumaça foi observada na região do aeroporto.
Uma fonte do serviço de inteligência afirmou que os talibãs pretendiam sequestrar um avião comercial, mas não conseguiram e decidiram abrir fogo contra tudo que estava a seu alcance.