Cairo - Um tribunal egípcio adiou neste sábado até 5 de julho o veredicto do julgamento de Mohamed Badie, o líder da Irmandade Muçulmana, e de outras 47 pessoas acusadas da violência que provocou a morte de duas pessoas em 2013. Desde a deposição no dia 3 de julho do presidente islamita Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, as novas autoridades militares egípcias realizam uma violenta repressão contra seus partidários e detiveram 15.000 pessoas.
[SAIBAMAIS]Mohamed Badie é acusado em 40 casos diferentes e em todos pode ser condenado à pena de morte, segundo um de seus advogados, Mohamed Abu Leila. Em abril Badie já havia sido condenado à morte por um tribunal de Menia (centro) junto a outras 682 pessoas, supostamente partidárias de Mursi, por ter incitado a violência que levou à morte de ao menos um policial durante as manifestações nesta cidade em agosto de 2013.
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Este veredicto ainda precisa ser confirmado no dia 21 de junho. No dia 24 de março este mesmo tribunal pronunciou 529 penas de morte contra supostos islamitas, embora em abril tenha convertido 492 delas em prisão perpétua.
No caso deste sábado, Badie é acusado de ter incitado a violência que levou à morte de duas pessoas em Qalyub, no delta do Nilo, poucos dias após a deposição de Mursi.