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Representante da Suíça da Cruz Vermelha é assassinado na Líbia

A vítima foi abordada por homens armados que interceptaram seu carro quando ele realizava uma missão na cidade de Sirte

Trípoli - Um representante suíço do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) foi morto nesta quarta-feira (4/6) em mãos de homens armados que interceptaram seu carro quando ele realizava uma missão em Sirte (leste de Trípoli), segundo o porta-voz do Crescente Vermelho líbio. No mesmo local, o general dissidente Khalifa Haftar escapou de um atentado suicida, em um novo caso que ilustra a anarquia que reina no país.

O representante do CICV foi morto pouco depois de realizar uma missão para a filial local do Crescente Vermelho líbio, segundo Mohamed Mustafa al-Misrati. O CICV em Genebra confirmou a morte. "Ele foi atacado por homens armados quando saia de uma reunião com dois colegas. Ele morreu no hospital de Syrte. Seus colegas saíram ilesos, mas estão chocados", declarou à AFP Wolde Saugeron, um porta-voz do CICV. Mais a leste, perto de Benghazi, o general Khalifa Haftar foi ferido em um atentado suicida contra seu quartel general.



Trata-se do primeiro ataque contra Haftar desde que ele decidiu lançar em 16 de maio em Benghazi, a grande cidade do leste, uma campanha militar destinada, segundo ele, a erradicar os grupos terroristas. Segundo um dos comandantes da força do general Haftar, um suicida lançou seu carro-bomba contra um dos quarteis generais perto da cidade de Benghazi, matando quatro guardas.

Seu porta-voz, Mohamed Hijazi, acusou "grupos terroristas e extremistas" de realizar este ataque que não foi reivindicado. Em Tripoli, onde dois governos disputam o poder, um deputado do Congresso Geral Nacional (CGN, Parlamento), Abu Bakr Maddur, foi sequestrado nesta quarta-feira na saída do ministério da Justiça, perto do centro da capital, segundo uma fonte parlamentar.