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Exército da Colômbia denuncia sequestro de criança pelas Farc

O presidente Juan Manuel Santos, que tentará a reeleição no próximo dia 15 de junho, qualificou o sequestro de "fato totalmente condenável e censurável"

Bogotá - O Exército colombiano denunciou nesta quinta-feira o sequestro de uma menina de dez anos, filha do comandante da polícia de Padilla, e atribuiu às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) a ação produzida horas após o fim da trégua unilateral decretada pela guerrilha.



"Na manhã de hoje (quinta-feira), no município de Guachené, em Cauca, a Sexta Frente das Farc sequestrou uma menina de dez anos", revelou o general Wilson Cabra. A Defensoria do Povo informou que a criança, filha de Víctor Cantorí, "foi levada por desconhecidos em um veículo quando seguia para o colégio com duas colegas".

O presidente Juan Manuel Santos, que tentará a reeleição no próximo dia 15 de junho, qualificou o sequestro de "fato totalmente condenável e censurável", e afirmou que "não poupará esforços para localizar os responsáveis, resgatar a menina e devolvê-la para seus pais".

O sequestro ocorre em meio a eleições marcadas pela discussão sobre as negociações de paz com as Farc, promovidas por Santos desde novembro de 2012 em Havana. As Farc decretaram um cessar-fogo unilateral por ocasião do primeiro turno das eleições, disputado no domingo passado, entre meia-noite de 20 de maio até à zero hora do dia 28.

O primeiro turno da eleição presidencial foi vencido por Óscar Iván Zuluaga, oposto ao processo de paz com as Farc liderado por Santos. Zuluaga, que obteve 29,3% dos votos, contra 25,7% para Santos, condiciona as negociações com a guerrilha a um cessar-fogo unilateral e penas de seis anos para os líderes das Farc.